terça-feira, 18 de novembro de 2014

SINTRA (Portugal)


  
  Vou passar a noite a Sintra, por não poder passá-la em Lisboa,
  Mas, quando chegar a Sintra, terei pena de não ter ficado em Lisboa.
  Sempre esta inquietação sem propósito, sem nexo, sem consequência,
  Sempre, sempre, sempre,
  Esta angústia excessiva do espírito por coisa nenhuma,
  Na estrada de Sintra, ou na estrada do sonho, ou na estrada da vida...
                                                                      (Fernando Pessoa)
 

A Serra de Sintra é considerada Paisagem Cultural-Patrimônio Mundial. O local apresenta clima ameno, fresco, a serra e a proximidade com o Atlântico, torna-se agradável. Devido a isso, foi escolhida para residência de verão dos reis, desde a primeira à última dinastia. Por mais de 500 anos foi residência oficial de verão dos reis de Portugal.



O nome Sintra tem origem na forma medieval Suntria, do indo-europeu, "astro luminoso" ou "sol". Incrustada nas serra, na face do relevo, constitui um mosaico de construções que se entrelaçam e escondem nos arvoredos e nos penedos.  

É sede de um município subdividido em 20 freguesias. 
 
Durante o domínio muçulmano surgiram os primeiros textos.  


Em 1348 a peste negra atingiu a população da cidade. Em 1755 ocorreu o terremoto. 

      Na estrada de Sintra, perto da meia-noite, ao luar, ao volante,
      Na estrada de Sintra, que cansaço da própria imaginação,
      Na estrada de Sintra, cada vez mais perto de Sintra,
      Na estrada de Sintra, cada vez menos perto de mim...
                                                          (Fernando Pessoa) 

Palácio Nacional – monumento central na vila, com mistura de arquitetura gótica, manuelina e árabe.  O palácio possui conjunto de azulejos antigos do país. Na sala dos brasões estão expostas as armas de D. Manuel I, de seus filhos e de setenta e duas pessoas importantes da família da nobreza.

Palácio Nacional  da Pena – localizado no cume de um monte, os estilos se misturam. Do século XIX num conjunto de minaretes, torres, janelas, varandas, sacadas e muralhas.



Pórtico do Tritão, alegórico da criação do mundo, apresenta figura meio homem e meio peixe. Em 1503 o Mosteiro de Nossa Senhora da Pena foi doado à Ordem de S. Jerônimo por D. Manuel I.


Em 1838 ocorreu a compra do Mosteiro por D. Fernando II (após extinção das Ordens Religiosas em 1834).

Claustro manuelino - parte original do antigo mosteiro do século XVI revestido de azulejos hispano-árabes, cerca de 1520.

                                                  Claustro


                                                              Sala de recepção

De 1842 a 1854 houve recuperação do Mosteiro e construção do “Palácio Novo”, conduzida pelo Rei.


Em 1889 ocorreu a aquisição do Palácio e Parque pelo Estado. De 1910 a 1912, após a implantação da República o Palácio é transformado em museu.
                                                            Sala árabe

 


Palácio Real de Queluz – estilo rococó, chamado de “Versalhes português. Construção iniciada em 1747 para recanto de verão de D. Pedro de Bragança.

Castelo dos mouros – construído no século VIII d.C., ocupado pelo primeiro rei em 1147. Erguido em blocos de granito, na cumeira da serra com ameias.  

Palácio da Regaleira – conhecido também como Palácio do Monteiro dos Milhões.

Convento dos Capuchos – convento franciscano, dotado de despojamento arquitetônico e decorativo. Conhecido também como Convento da cortiça devido o uso da cortiça na proteção e decoração de seus espaços.

Parque de Monserrate – construído em 1858, por ordem do visconde de Monserrate, Sir Francis Cook. Foi residência de verão da família Cook. Situado a caminho de Colares, o jardim do parque rodeia o edifício.