A cidade pertence a Ilha de São Vicente, a segunda maior do país Cabo Verde. Possui área de 67 km². É um porto formado pela cratera submarina de um vulcão com cerca de
Os destaques são: o Palácio do Governador, a Câmara Municipal e a Praça da Igreja. A Avenida Marginal encontra-se uma réplica da Torre de Belém de Lisboa. O Fortim D'el-Rei, a construção mais antiga existente com vista panorâmica sobre a cidade e a baía, encontram-se ainda as ruínas. Na Alfândega Velha está localizado o Centro Nacional de artesanato.
O monumento “Diogo Afonso” foi construído em homenagem aos navegadores portugueses que em 1460 descobriram a ilha.
A permanência na ilha pela população foram adiadas por séculos, devido à falta de recursos naturais e a seca.
Em 1781 ocorreu ordem expressa para o rápido povoamento da ilha a fim de evitar que o porto continuasse a ser usado pelos “piratas”.
Em 1795 chegaram os primeiros colonos, sendo vinte casais e cinquenta escravos. Em 1821 a ilha tinha 295 habitantes. Na época ocorreu uma seca que a assolou e reduziu a um ínfimo o número de habitantes da ilha.
Em 1838 a companhia inglesa estabeleceu o depósito de carvão. Em 1858 Mindelo possuía 1400 habitantes. Em 1861 a ilha é atingida por um surto de febre amarela, reduzindo a população para a metade.
O prédio da Alfândega e a Igreja de Nossa Senhora da Luz existia em 1862. Mindelo como vila era iluminada por 100 candeeiros de petróleo, possuía edifícios públicos: a igreja, o palacete do governo, paços do concelho, quartel, alfândega com cais, ponte de madeira e caminho-de-ferro, além de um mercado em construção.
Em 1886 teve início a água canalizada. Em 1891 a Câmara Municipal comunica ao Governo que dois mil trabalhadores acabam de ser despedidos pelas companhias carvoeiras, e que a fome começava a ameaçar a cidade.
A partir de 1900, com a substituição do carvão por óleo refinado do petróleo como combustível, o porto perde parte da sua importância estratégica.
A implantação da República em Portugal ocorreu em 1910, mas dois anos depois a situação encontrava-se agravada. Cerca de 4000 trabalhadores do carvão ocuparam o edifício municipal e a praça da República, exigindo que fossem tomadas providências para minimizar a crise alimentícia que ameaçava a população, por falta de chuva e da insuficiência de trabalho.
Atravessaram o Atlântico a bordo de um aeroplano (hidroavião), os aviadores os aviadores Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em 1922. Na cidade existe um monumento em homenagem aos dois.
O desemprego conduz ao alcoolismo. Em 1924, a pedido de inúmeras pessoas de Mindelo, o governador decretou a proibição da entrada de aguardente.
Os anos de 1930 foram duros para Mindelo. O movimento de navios declinou, acompanhando a Grande Depressão das economias ocidentais.
As secas de 1941-42 e 1946-48 e as fomes que se lhe sucederam foram trágicas, provocando milhares de mortos e forçando muitos mais à emigração.
Apesar de todas as dificuldades vividas em Mindelo, a vida nas outras ilhas não se apresentava mais fácil. Mindelo sempre recebeu populações provenientes de todas as ilhas do arquipélago, pelo fato de localizar o único liceu do Barlaento. Isto fez com que se concentrassem muitos dos intelectuais contribuindo para o desenvolvimento da consciência nacional cabo-verdiana.
As condições de vida apenas melhoraram de forma significativa a partir de 1968. A Revolução dos Cravos em Portugal abriu as portas à descolonização. Muitos engenheiros, professores e técnicos cabo-verdianos regressaram à sua pátria vindos de diversas ex-colônias portuguesas.
Com a independência a cidade melhorou. Atualmente o comércio, os serviços prestados a navegação marítima, a reparação de navios e o abastecimento de combustível constituem as bases do desenvolvimento econômico de Mindelo.
A região é seca, o clima quente, o solo pedregoso, existe a dificuldade de manter a agricultura e a pecuária. A pesca é intensa oferecendo condições para a sobrevivência da população.
