Capital da Andaluzia, situada às margens do rio Guadalquivir. O centro é um labirinto de ruas antigas e estreitas, cortadas por largas avenidas.
Sevilha é a cidade natal de Miguel de Cervantes. Dom Quixote e Sancho Pança enfrentam moinhos de vento. Energia eólica abastece cidades da Andaluzia.
Os sevilhanos fazem siesta de 14 às 16 horas. No inverno as laranjeiras se espalham repletas de frutos. Encontramos memória relacionada com as touradas. O flamenco, as serras áridas e as festas, deixam a cidade colorida e animada comparando com as outras cidades da região. A forma descontraída e alegre é apenas um dos encantos desta cidade que parece estar sempre em festa.
O que mais atrai aos visitantes são as construções passadas e os vestígios de povos diversos: fenícios, visigodos, gregos, romanos e, principalmente, árabes. É preciso dispensar um bom tempo para visitar as fortalezas e palácios mouros, como também as catedrais e igrejas de estilo gótico. Imperdível é o palácio Alcázar. Bem próximo encontra-se a Catedral de Sevilha, construída sobre uma antiga mesquita no século XII. Considerada como a terceira maior igreja do mundo, depois da Basílica de São Pedro, no Vaticano a Catedral de Saint Paul, em Londres.
Outra atração é a Casa de Pilatos que foi designada com este nome por ter semelhanças com a residência do governador romano em Jerusalém.
O ex-líbris de Sevilha é a Catedral, a maior gótica do mundo. Os Reales Alcázares com os palácios reais e jardins, de arquitetura "Múdejar". Do gótico ao barroco, passando pelo renascentista, vários estilos ganham vida própria nas inúmeras igrejas, palácios e praças da cidade. A atmosfera medieval é encontrada nos bairros antigos, como o de Santa Cruz, com as diversas ruelas, casas caiadas e seus pátios.
A cultura andaluza de influência árabe à cristã, passando pela judaica, recebeu influências dessas fontes. Os séculos de presença árabe deixaram marcas na arquitetura, nas artes e na gastronomia, Devido a isso, a mescla de tradições e costumes que se revelam na forma do povo.
A cultura ibérica emergiu na Idade do Ferro. No predomínio do comércio ocorreram ligações com as culturas estabelecidas de contato com os fenícios, os gregos e os cartagineses. A fartura de matéria-prima possibilitou a região da Ibéria a ser uma das mais desenvolvidas do Mediterrâneo.
Em
No século VIII, os árabes se apoderam da região e passa a chamar de Al Andalus. Em 929 foi estabelecido o califado independente de Córdoba. Este califado permaneceu até 1031. Sevilha se torna a grande protagonista da vasta região de Al Andalus, primeiro com os Almorávidas, e depois com os Almóadas.
Em 1212 chega a reconquista cristã. Em 1248, com Fernando III de Castela que a cidade passa para mãos cristãs. No século XIV Sevilha é uma das cidades mais importantes de Castela. Em
Em 1649, a peste ataca metade da sua população. Com o avanço do tempo, o Guadalquivir torna-se menos navegável. Em 1717, o monopólio do comércio com as Américas é transferido para Cádis. Nesta época Sevilha entra em decadência.
Em meados do século XIX tem início a industrialização, Sevilha volta para uma etapa de prosperidade. O otimismo da classe média foi expresso pela Exposição Ibero Americana de 1929.
Com a Guerra Civil acontece a perda das esperanças, pois no início do conflito, a cidade cai nas mãos dos Nacionalistas apesar da resistência da classe operária.
No século XX, a pobreza instala-se na Andaluzia e Sevilha. Foi amenizada a partir dos anos 60 e 70, com o turismo de massas a invadir a região. A Expo' 92 trouxe um desenvolvimento e crescimento econômico, com projeção mundial.
Atrações turísticas :
01 -CATEDRAL – construída no lugar de uma mesquita do séc. 12, catedral gótica tem vista para toda a cidade do alto de seu campanário, La Giralda. Um dos maiores edifícios de estilo gótico do mundo. Possui 23 capelas, 21 altares, três pátios, cinco naves, dois oratórios e duas sacristias, além de coro e entrecoro. Seguir a orientação turística e começar de forma cronológica: Puerta del Lagardo à Puerta de la Campanilla. Visite o Pátio de los Naranjos. O jardim próximo é o que restou de uma mesquita do século XII. Consagrada na primeira metade do século XIII, quando Sevilha foi reconquistada pelos cristãos. Abre de 11 às 17 e domingos de 14:30 às 18:00 hs, no inverno. Ingressos a 8 euros. Caminhar até o Convento de Santa Inês (9 às 13 e 16 às 19 hs), as freiras fazem doces deliciosos.
Catedral e Giralda – seg. a sábado de 11 às 17 hs. Domingo de 14:30 às 18 hs.
Ruelas do Bairro de Santa Cruz – antigo gueto judaico guarda tesouros históricos como a GIRALDA, patrimônio da Humanidade Unesco, tem 96,6 metros de altura, possui uma estátua de bronze que simboliza a fé e gira de acordo com o vento. Suba até o topo da torre, acesso é por rampas de pedras, sem degraus, por onde cavalos levavam visitantes ilustres em eras passadas. Não é das subidas mais árduas, e os panoramas da cidade que se descortinam pelas janelas mais do que justificam o esforço. Os prédios da era medieval por entre os portões de ferro, pátios com azulejos coloridos e paredes com pratos de cerâmica.
02-REAL ALCÁZAR – patrimônio da Humanidade, construídos por operários mouros sob encomenda do rei cristão Pedro I, no local onde antes os muçulmanos haviam erguido uma fortaleza.Artesanato mudéjar, os Palácios Reais têm jardins ornamentais, pátios deslumbrantes e apartamentos luxuosos decorados. O conjunto histórico: Alcázares(dois palácios, um gótico e outro mourisco), Catedral e Arquivo das Índias (guarda os documentos relativos aos Descobrimentos) são considerados Patrimônio da Humanidade.
O palácio mouro com seus azulejos e trabalhos em madeira é belíssimo. Reserve dois dias para visitar os alcázares, para apreciar com calma os deslumbrantes jardins com muitas laranjeiras, limoeiros e fontes de água.
http://www.patronato-alcazarsevilla.es/
O palácio mouro com seus azulejos e trabalhos em madeira é belíssimo. Reserve dois dias para visitar os alcázares, para apreciar com calma os deslumbrantes jardins com muitas laranjeiras, limoeiros e fontes de água.
http://www.patronato-alcazarsevilla.es/
03-CASA DE PILATOS – arquitetura mourisca, dos séc. XV e XVI, residência que combina de maneira suntuosa a arquitetura moura com a gótica e a renascentista. Fica na Plaza Pilatos, ingressos a 5 euros. Abre de 9 às 18 hs. http://www.fundacionmedinaceli.org/
04-TORRE DE DON FADRIQUE - torre do séc. 13 no Convento de Santa Clara lembra uma peça de xadrez.
05-MUSEU DE BELAS ARTES - arte e escultura espanholas (medieval, renascentista, barroca e moderna).
06-ALAMEDA HÉRCULES – após o por do sol transforma-se na zona boêmia (que seriam um convite para o herói grego esquecer seus 12 trabalhos e cair na farra).Marca registrada no escudo da província, Hércules vive seu momento de glória na noite andaluz que vira abóbora depois das 12 badaladas.
07-PLAZA DE ESPAÑA – 14 mil metros quadrados, mistura três estilos: neomudéjar, gótico e renascentista. Os bancos espalhados ao redor feitos com azulejos e cerâmicas, possuem painéis com particularidades de cada uma das províncias espanholas, distribuídas em ordem alfabética.
08-OS TOUROS – a história das touradas e querer ler ou reler Ernest Hemingway. Touros, toureiros e touradas são partes indissociáveis da cultura da Andaluzia, quase todos os bares são decorados com cabeças dos bichos (placas conta a história). Contenha o ímpeto de defender o ímpeto de defender os animais, numa mesa de bar debaixo da cabeça de um deles, seria uma indelicadeza com anfitriões hospitaleiros.
09-PLAZA DE TOROS DE LA REAL MAESTRAZA - demorou 120 anos para ficar pronta e que lhe rendeu 30 lados diferentes. Abre de 9:30 às 19:00 hs.
O bairro é banhado pelo rio Guadalquivir e guardado pela Torre Del Ouro, no passado foi uma área de armazéns militares e estaleiros navais. Hoje, é dominado pela elegante A Plaza de Toros é uma das mais antigas de Espanha. A Torre Del Ouro revela a presença dos mouros. No local existe um museu marítimo e o ponto de embarque para passeio de barco no rio.
No Teatro de la Maestranza ocorrem espectáculos de ópera, música e dança. O Hospital de la Caridad, possui telas dos melhores pintores do século XVII. O Museo de Bellas Artes situado num convento do século XVII, possui uma coleção dos tempos medievais e modernos, mostra trabalhos dos artistas da Escola de Sevilha.
BAIRROS E PONTOS TURÍSTICOS
EL ARENAL
Banhado pelo rio Guadalquivir e guardado pela Torre Del Ouro, este bairro foi área de armazéns militares e estaleiros navais. Hoje é dominado pela elegante Plaza de Toros de La Maestranza, uma das mais antigas de Espanha. Os muitos bares e tabernas da vizinhança são particularmente movimentos durante a época taurina. A zona ribeirinha, recuperada com a Expo'92, transformou-se num romântico passeio público.
A Torre Del Ouro, do século XIII, é um dos belos testemunhos da presença mourisca. Encerra um museu marítimo, sendo também o ponto de partida para passeios de barco no rio. Bem perto, o moderno Teatro de la Maestranza acolhe espetáculo de ópera, música e dança.
O Hospital de la Caridad, barroco possui telas de pintores do século XVII. O Museo de Bellas Artes, situado num convento do século XVII, possui coleção de arte espanhola.
SANTA CRUZ
É o velho bairro judeu de Sevilha, pitoresco, com ruelas. Entre eles, está a Catedral de Sevilha com a sua torre, La Giralda. Começou a ser construída em 1401, no lugar de uma grande mesquita, finalizada um século mais tarde. La Giralda e o Pátio de os Naranjos são legados da estrutura mourisca. É a maior catedral gótica da Europa e a guardiã de preciosas peças de arte sacra.
Destacam-se também os esplêndidos Reales Alcázares, com os palácios e exuberantes jardins de Pedro I e Carlos V. A outrora residência dos governantes almoádas, foi acrescentada por D. Pedro I em 1364, que ordenou a construção de uma residência real dentro dos palácios mouros. Em dois anos, foi criada uma jóia de pátios e salas "mudéjares". Bem perto, o Arquivo das Índias reúne preciosos documentos sobre a colonização espanhola do Novo Mundo. A leste da Catedral, um emaranhado de ruelas, praças escondidas e pátios floridos.
LA MACARENA
Um passeio por este bairro permite captar o cotidiano de Sevilha. A rua principal, Calle de la Feria, anima-se particularmente às quintas-feiras de manhã, com as bancas de mercado repletas de peixe fresco e legumes. As lojas tradicionais fixadas numa das ruas, o ponto de partida para descobrir belas igrejas e conventos. São exemplos o Mosteiro de São Clemente e a Igreja de São Pedro, que ainda preservam o espírito de Sevilha histórica. Encontram-se o Convento de Santa Paula, onde ainda reside uma comunidade de freiras, e o Convento de Santa Clara, com a sua notável Torre de Don Fradique. Ao norte está o antigo Hospital de Las Cinco Llagas, edifício renascentista que é hoje sede do Parlamento da Andaluzia. É ainda de referir, a Basílica de la Macarena, o santuário de devoção à Virgem de La Esperanza Macarena, construída em 1949, estilo neobarroco.
PARQUE MARIA LUISA
Esta é a principal área de verde de Sevilha, a sul da cidade. Com as suas fontes, jardins de flores e árvores antigas, lugar para descontrair. Grandiosos pavilhões, diversos estilos nacionais e históricos, com inúmeros museus. O Museu de Artes e Costumes Populares, no antigo Pavilhão Mudéjar, e o Museu Arqueológico, no Pavilhão Renascentista. O Hotel Alfonso XIII, em estilo neomudéjar, e a Plaza de Espãna, em forma de quarto crescente, são os legados da época. Perto, fica o imponente edifício da Real Fábrica de Tabaco, do século XVIII, que faz parte da Universidade.
OUTRO LADO DO RIO
na margem ocidental do Guadalquivir situa-se o Bairro de Triana. Um bairro conhecido desde a Antiguidade pelas belas cerâmicas e azulejos que continua a produção. No passado foi bairro de ciganos, a criação de toureiros, marinheiros e artistas de flamenco. Hoje é um bairro tradicional, de ruas estreitas, com casas caiadas e floridas. As lojas de azulejos são o maior atrativo, existem tesouros arquitetônicos como a Igreja de Santa Ana, em estilo mudéjar-gótico. A norte do Triana, a Isla de La Cartuja foi o centro da Expo'92. Destaca-se o Mosteiro de Santa Maria de Las Cuevas, construção do século XV, restaurada para ser o centro da Expo'92. O legado da exposição foi redimensionado em diferentes parques temáticos.
Gastronomia:
tapas e Jámon ibérico – presunto defumado com azeitonas, queijos, tortilhas
