segunda-feira, 19 de agosto de 2013

KÖLN (Alemanha)


Colônia foi fundada pelos romanos, que ocuparam o local em 38 a.C. , depois de expulsarem os germanos úbios. O nome primitivo foi Ana Ubiorum. Em 50 d.C. estabeleceram uma cidade. O imperador Cláudio, atendendo pedido de sua mulher Agripina, chamou de Colônia Claudia Ara Agrippinensis. Depois nomeada de Colonia Agrippinensis, e a partir do século V, denominada apenas Colônia.  

A sua localização, devido ao porto fluvial do rio Reno, favoreceu a importância histórica. Situada na encruzilhada dos caminhos da Inglaterra, França e Países Baixos para a Europa oriental, bem como da Itália, tornou-se capital da Baixa Germânia e sede do bispado ao tempo de Constantino.



Considerada importante centro eclesiástico, com 12 igrejas românicas e famosa catedral gótica. Logo após a sua fundação, na metade do século I, houve um período de desenvolvimento devido à expansão do comércio, o que foi possível devido à localização privilegiada. 

 

Em 754 tornou-se arcebispado. Em 953 o arcebispo Bruno recebeu de seu irmão, o imperador Oto I, poderes seculares.    

No século IV foi conquistada pelos francos.  

No século X a cidade foi um grande centro de cultura e arte. 

No início do século XII o imperador Henrique IV concedeu o direito de levantar fortificações.        

Na Idade Média teve papel importante na Liga Hanseática (séc. XIV).  

Importantes pensadores e sábios ensinaram nos conventos: entre eles está Alberto o Magno, com quem estudou Santo Tromás de Aquino, Duns Scotus e Mestre Eckart.  

A autoridade religiosa, dispondo do poder, impôs tributos altos e outros encargos, o que gerou enérgica reação dos ricos burgueses. A burquesia conseguiu triunfar politicamente em 1228, com a batalha de Worringen, pondo fim ao poder arquiepiscopal e conquistando autonomia para a cidade. 

A Universidade foi fundada em 1388.  Transferida para Bonn em 1798, foi restabelecida em 1919.        

         Em 1424 ocorreu a expulsão dos judeus.Em 1474 recebeu foros de cidade imperial. 

No século XVI foi fundada a bolsa, uma das primeiras do mundo. 

Em 1608 houve a expulsão dos protestantes. Ocorreu o declínio da cidade, mais acentuado depois da guerra dos Trinta Anos. 

Em 1794 foi ocupada pelos franceses e em 1815 passou à Prússia. A cidade sofreu devastações durante a Segunda Guerra Mundial, com 262 ataques aéreos anglo-norte-americanos, arrasaram 72% da área construída, danificaram ou destruíram 91 das 150 igrejas.         

         De 1918 a 1926 foi ocupada pelos britânicos. Em 1948 ocorreu intensa reconstrução. 

         A cidade é uma metrópole, sede de inúmeras feiras e eventos, centro de arte e cultura, edifícios históricos, galerias de arte e diversos museus. 



 

Caminhar ao longo do rio na Cidade Antiga, descobre-se os becos calçados de pedra e prédios restaurados. O mercado de pulgas funciona aos sábados, ao lado do Uni-Centre, em frente à estação Haltestelle Weishaustrasse. 


 
Catedral de Colônia - Patrimônio da Unesco, monumento arquitetônico, o maior templo gótico do norte europeu, com torres de 16 metros de altura. Construída no lugar de uma igreja danificada por um incêndio em 1248.  A Igreja possui vitrais de Gerhard Richter.





No passado foi usada como estábulo por forças napoleônicas. Possui uma escada espiral de 533 degraus que contém rabisco e grafites do passado. Tem uma bela vista de uma das duas torres. O presbitério, a galeria e as capelas exibem vitrais góticos do início do século XIV.



 





O Relicário de Engelbert (c.1630), tesouro da catedral, famoso por sua coleção de objetos de ouro, livros litúrgicos e vestimentas. As cadeiras do coro foram construídas em 1308, em carvalho maciço. No Altar-mor, o retábulo gótico do altar retrata a coroação da Virgem Maria ao lado dos doze apóstolos. O Santuário dos Três Reis, um relicário românico, guarda as relíquias dos Três Reis, trazidas para Colônia em 1164 para o imperador Frederico I, o Barba-Roxa.        
 
 




 
 Museu Ludwig - www.museum-ludwig.de - fica entre a catedral e o rio, expõe uma coleção de arte do século XX, conhecido de pop art.  Coleção particular da família Ludwig.  Possui uma coleção de expressionistas alemães, da avant-garde russa e da arte surrealista, como também cerca de 900 peças de Picasso.  

St. Andréas – basílica românica fundada por volta de 1200. Santo Alberto Magno está enterrado na cripta. 

St. Ursula – igreja construída no século XII, segundo a lenda, guardam os restos mortais de santa Úrsula e as onze mil virgens, mortas pelos hunos.  








Pifarrkirche St. Maria Himmelfahrt – Paróquia da Assunção da Virgem Maria é uma das poucas construções barrocas da cidade. Construída de 1618-89, de ordem jesuíta.  Possui elementos românicos e góticos.  

 

St. Pantaleon – igreja perto do centro, antigo mosteiro beneditino fundado cerca do ano de 950. A cripta dá acesso às ruínas de uma vila romana. 

Römisch-Germanisches Museum – moderno prédio de vidro abriga achados arqueológicos dos períodos romano e pré-romano encontrados em Colônia e no vale do Reno. 

GroB St. Martin – igreja com presbitério triangular e grande torre que se destaca, fundada no século XII pela ordem dos beneditinos. 

 

Wallraf-Richartz-Museum – acervo doado por Ferdinand Franz Wallraf, em 1824. Destacam-se: São Francisco Estigmatizado (c.1616), pintura escura e misteriosa e Flauta e Tambor, pintura de 1502, parte de uma peça do altar, feita por Albrecht Dürer, que se incluiu na cena retratada (o rapaz tocando tambor é um auto-retrato do artista). 

Rathaus - a forma irregular deve-se a diversas modificações. Cerca do ano de 1330 ocorreu a construção de uma ala com o Saguão Hanseático, com esculturas góticas que representavam profetas e heróis. Entre 1407 e 1414 construção do Pátio dos Leões, estilo renascentista e com arcos.  Em frente à prefeitura, existem as ruínas dos banhos judaicos do século XII, destruídos após a expulsão dos judeus em 1424, fica embaixo de uma pirâmide de vidro.  

Gürzenich – em estilo gótico, próximo estão as ruínas da igreja românica Alt Sr. Alban.  

Minoritenkirche Maria Empfängnis – construída nos séculos XIII e XIX,  igreja gótica franciscana, possui basílica com três naves e sem torre.  

Schnütgen-Museum – construída em 1130, a igreja românica dedicada a santa Cecília, como convento, em 1479 passou para as religiosas agostinianas, abriga o Museu. 

St. Peter – igreja dedicada a São Pedro, estilo gótico, construída em 1515, basílica com arcadas.  

St. Maria im Kapitol – igreja construída no século XI para abrigar um convento. A cripta e a porta de madeira que levam ao claustro oeste, com entalhe de cenas da vida de Cristo. A única igreja de Colônia com claustro. 

St. Maria Lyskirchen – igreja em estilo românico da cidade, construída em 1220.Possui afrescos com cenas bíblicas e a vida dos santos que adornam as abóbadas. 

St. Georg – construída no meio do século XI, igreja na forma de uma basílica com transepto e dois coros.  

St. Aposteln – igreja dos apóstolos, do século XII, situada sobre Neumarkt, praça central de Colônia. A basílica original tem um claustro leste em trifório, uma torre baixa na junção das naves e uma torre alta na frente. Ao lado da abside do presbitério foram acrescidos dois torreões estreitos e baixos. 

St. Gereon – construção oval rodeada por abóbodas de abside, construída no século IV, sobre a sepultura de mártires, segundo uma lenda, fundada por santa Helena.  

St. Kunibert – o bispo Kunibert foi sepultado em uma igreja que havia no local, em 663. A atual, de estilo românico, (1215-47), possui vitrais exuberantes. 

Severinsviertel – situado ao sul da cidade, o Bairro Severino, nome devido à igreja românica do século XIII, dedicada a São Severino.  

Imhoff-Stollwerck-Museum – museu do chocolate com a história do cultivo do cacau e o significado cultural. 


                                              Piso da Catedral


Significado:
Trifório = em uma igreja, galeria estreita sobre os arcos da nave central, ou sobre as naves laterais. 
Abside =  nicho ou recinto semicircular ou poligonal, de teto abobadadas geralmente situado nos fundos ou na extremidade de uma construção ou de parte dela.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

BONN (Alemanha)


         Bonn foi fundada pelos romanos e fortaleza no início da era cristã, em 70 d.C, designada pelo nome de Bonna ou Castra Bonnensia. A cidade sofreu inúmeras invasões bárbaras, foi devastada pelos alamanos e reconstruída pelo imperador Juliano em 359.
         No século IV foi destruída pelos francos, tornou-se cemitério e sede das igrejas de St. Florentius e St. Cassius. Após a queda do império romano, ainda sofreu ataques dos bárbaros. Finalmente tornou-se parte do império de Carlos Magno. 

         No século IX foi incorporada ao reino da França Ocidental, continuando sob regime feudal. Em 889 foi devastada pelos normandos. No século XIII foi restaurada. 

         De 1273 a 1794 foi sede do eleitorado de Colônia e residência dos condes de Colônia. 


         A cidade foi danificada durante as guerras dos séculos XVI, XVII e XVIII,  finalmente ocupada pela França.  Em 1795 foi entregue à Prússia.  

          O território sofreu destruição durante a Segunda Guerra Mundial.

De 1949 a 1990 passou a ser a capital da República Federal da Alemanha. A partir de 1991 a capital mudou para Berlim.        

         Tradicional centro universitário e cultural. Está situada às margens do rio Reno. No centro medieval as ruas são estreitas. Fica a 30 km distante de Colônia. 

          Cidade natal de Ludwig van Beethoven e Robert Schumann passou os últimos anos de sua vida em Bonn.


Pontos de atração:

Beethoven-Haus - www.beethoven-haus-bonn.de -  museu com acervo da vida e obra de  Ludwig van Beethoven (1770-1827). O compositor nasceu nesta casa que hoje é museu. Casa de estilo barroco do século XVIII, morando nela até os 22 anos de idade.  Desde 1889 a Associação Casa de Beethoven mantém a casa natal que possui atualmente a maior coleção do mundo sobre o compositor. Existe mais de 150 documentos originais sobre a vida dele.
                                                           Casa natal de Beethoven

         Beethoven a partir de 1782, com apenas 12 anos, era organista suplente, e a partir de 1784 passou a titular, logo também violista e correpetidor da orquestra real de câmara. Com isso ele ajudava o sustento de sua família. Após a morte de sua mãe em 1787, Beethoven, com 17 anos, passou a ser o responsável de sua família.
                                                                     Beethoven

         Em 1792, com 22 anos de idade, deixou Bonn para morar em Viena e tomar aulas de composição com Joseph Haydn. Logo, estava previsto que Beethoven retornaria a Bonn como músico da Corte.  Porém a ocupação francesa da região do rio Reno, em 1794, conduziu a dissolução do Estado. Com isso, Beethoven ficou sempre em Viena, nunca mais voltou a morar em Bonn.  Aos 30 anos de idade, Beethoven começou com a dificuldade de audição.   

Markt – praça central do mercado, em forma de triângulo, mistura de arquitetura barroca e moderna.

Rathaus (prefeitura) – estilo barroco, construída em 1737. O centro da praça possui a Markbrunnen, uma fonte em forma de obelisco erguida em 1777, em homenagem ao príncipe Maximiliano Friedrich. 

Remigiuskirche – igreja construída entre 1274 e 1317, para os franciscanos, em estilo gótico. 



Namen-jesukirche - igreja construída em 1686 e 1717 para os jesuítas, de estilo barroco.


Rheinufer – rua localizada na beira do Reno, muda de nome muitas vezes.

Universidade – um dos mais belos prédios da cidade.

Mosteiro franciscano – século XVII.  

Münster St. Martin - Catedral  construída em rocha vulcânica entre 1150 e 1230, em estilos românico e tradicional. No lugar da antiga catedral do século XI, ainda resta uma cripta da nave tripla, ao sul está o claustro do séc. XII.

Münsterplatz – estátua de Beethoven de 1845.

Alte Zoll – famosa torre das antigas fortificações.  

Rheinisches Landesmuseum – museu regional com acervo de peças de descobertas arqueológicas dos tempos romanos. Existem outros museus na cidade. 

Bad Godesberg – pequena cidade-balneário de Bad Godesberg, incorporada a Bonn em 1969, mansões distribuem-se ao longo do parque. No alto da montanha Godesburg existe um castelo do século XIII, em ruínas.   

Palácio Schaumburg – antiga residência oficial do chanceler alemão.




sexta-feira, 2 de agosto de 2013

DORTMUND (Alemanha)



 
         A cidade por volta de 880 d.C teve o nome de “Throtmanni”. Fez parte da Liga Hanseática na Idade Média. Passou por um período de declínio após a Guerra dos Trinta Anos. Durante a Segunda Guerra Mundial houve destruição de parte da cidade.

No século XIX começou o fornecimento de carvão mineral, como também a produção de aço. Atualmente possui indústria desenvolvida e excelente cerveja, a mais conhecida a Dortmunder.

 
 


Monumentos:

Museum für Kunst-und Kulturgeschichte (Museu de História da Arte e Cultura) - www.mkk.dortmund.de - situado no centro da cidade, abriga coleção de objetos da pré-história até o século XX. O museu possui moedas de ouro romanas, a cruz do triunfo romano e Madonnas góticas.

Petrikirche – a Igreja de São Pedro é de estilo gótico do século XIV, com altar-mor datado de 1521 que se destaca, decorado com centenas de figuras esculpidas e douradas. O altar mede 7,4m de largura e 5,6 de altura.

Propsteikirche -  igreja católica, fundada pela Ordem Dominicana, em 1215, O salão da igreja foi concluído em 1458. A construção tem um estilo simples de “mendigo”, com apenas uma torre. Depois da Reforma, quatro paróquias se tornaram protestantes. Em 1819 a igreja do convento tornou-se a igreja paroquial para os católicos da cidade. No período da Segunda Guerra Mundial, importantes obras de arte da Idade Média foram destruídas. A reconstrução da igreja foi realizada de 1947 a 1964. 
 




Reinoldikirche – construída em estilo gótico, a igreja luterana protestante é dedicada a Reinold, também conhecido como Renaud de Montauban, padroeiro da cidade. Construída em 1250-1270, situada no centro da cidade. Sua torre poligonal de 1519 desabou após um terremoto, em 1661 e reconstruída em 1701. A igreja foi danificada na Segunda Guerra Mundial. A torre tem 104 metros de altura. A igreja foi reconstituída em 1956.

Marienkirche - Igreja de Santa Maria, construção românica entre 1170 e 1200, com uma abóboda basílica com três naves, possui tesouros de arte medievais, como o altar de Santa Maria. Em longo processo, a Reforma durou até 1648. Com a Guerra dos Trinta Anos iniciou o declínio da cidade imperial de Dortmund, a igreja ficou em ruínas e foi fechada para o público. O órgão e a igreja foram restaurados em 1856. Em 1908 passou por uma reconstituição. A igreja protestante foi organizada em 1933, na Igreja Evangélica Alemã. Em 1944 foi parcialmente destruída. A reconstrução foi concluída em 1957. A partir de 2003, a organização sem fins lucrativos, a "Heritage Foundation e do St. Mary Church", da comunidade protestante, preserva a igreja e os tesouros de arte.