OURO PRETO (MG)

www.ouropreto.org.br

www.ouropreto.mg.gov.br/portaldoturismo

          Cidade situada na Serra do Espinhaço, com altitude de 1.150 metros, a distância  de Belo Horizonte é de 96 quilômetros. O ponto mais elevado é o Pico do Itacolomi com 1772 metros.

                                                     Pico de Itacolomi
 

          O primeiro nome da cidade foi Vila Rica, depois Vila Rica de Albuquerque, para homenagear Antonio de Albuquerque, governador das capitanias de Minas e São Paulo. Por ordem de D. João V, o local passou a se chamar Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar, por causa da padroeira da cidade.

 

A origem do nome Ouro Preto provém do “ouro escuro” coberto de uma camada de óxido de ferro, encontrado na região. 

Considerada Patrimônio Cultural Mundial da Unesco. No Centro Histórico encontram-se igrejas, museus, chafarizes, construções históricas, casario colonial do tempo do Ciclo do Ouro e da Inconfidência Mineira. Pelas ladeiras do Centro Histórico o mais prático é andar a pé, as ruas são estreitas e tortuosas, algumas são via de mão única. 

 

 

 

PASSEIOS: 

MINA DA PASSAGEM – www.minasdapassagem.com.br - situada entre Ouro Preto e Mariana. A descida para as galerias subterrâneas são feitas através de um troller que chega a 315 metros de extensão e 120 metros de profundidade, onde existe um lago natural. A temperatura é de 17 a 20 graus. Fundada no início do século XVIII, retirado aproximadamente 35 toneladas de ouro. 

                                                            Entrada 

túnel escavado 

 

rocha de quartzo (seguiam as escavações pela faixa branca, retirando a pirita, onde se encontra o       ouro)
 

                                                                             lago

MINA DO CHICO REI – O nome da mina é proveniente de um africano chamado Chico Rei que chegou em Ouro Preto na condição de escravo para trabalhar na mineração do ouro. Veio como prisioneiro de guerra,  com um dos seus filhos, a mulher e os outros filhos morreram na travessia do Atlântico. Rei de sua tribo, lutou para alforriar seus súditos na América, tornando-se um líder em Ouro Preto. Desativada desde 1888, possui 1,5 km de extensão. Situada no Centro Histórico.  

 

 

 

MINA FELIPE DOS SANTOS – descoberta no fundo de uma residência, possui 170 m de percurso, é preciso se agachar para passar, no final do túnel principal há uma cascata. Está situada no Bairro Alto da Cruz.  

MINA DE SANTA RITA – localizada no Bairro Padre Faria, o guia conta o dia a dia dos escravos da época que garimpavam o ouro.  Existem outras minas na cidade e na região.

TREM TURÍSTICO OURO PRETO/MARIANA (Maria-fumaça)

www.fcasa.com.br/trens-turísticos

                                                               Estação de trem 

 

O trem percorre 18 km entre uma cidade e outra, com história, cultura e belezas naturais, como cachoeiras, montanhas, cânions e o Ribeirão do Carmo. Embarque pode ser em Ouro Preto ou Mariana. Funciona às sextas, sábados e domingos. 

 

Vagão panorâmico

 

 

 

PRAÇA TIRADENTES – local onde foi exposta a cabeça de Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier), Mártir da Independência, em 1792. A estátua de bronze de Tiradentes é o monumento inaugurado em 1894, em homenagem ao mártir. Atualmente dois prédios históricos estão localizados na praça: Museu da Inconfidência (antiga Casa da Câmara e Cadeia, de 1784) e o Museu de Ciência e Técnica (antigo Palácio dos Governadores). 

                                                    Praça Tiradentes

                                                Monumento (Tiradentes)

MUSEU DA INCONFIDÊNCIA – (1785-1855) – abriga coleção de arte sacra dos séculos XVII e XIX e esculturas de Aleijadinho e do Mestre Ataíde. A principal sala do museu é o Panteão da Inconfidência, com diversas sepulturas dos inconfidentes. O museu contém o livro original com a declaração de condenação do mártir Tiradentes e as supostas traves de madeira da forca. 

 

MUSEU DE CIÊNCIA E TÉCNICA – construção de 1741, situado na Praça Tiradentes, no antigo Palácio dos Governadores. Está dividido em setores: mineralogia, metalurgia, mineração e história natural. O acervo contém 23 mil amostras de minérios de todo o mundo, como ouro, pirita, turmalina, topázio e um meteorito de 47 kg encontrado em Itutinga (MG).   

MUSEU DO ORATÓRIO – www.eravirtual.org-  possui mais de 160 oratórios dos séculos XVII ao XX. Existem diversos modelos e formatos: de viagem (portáteis), de quarto de donzela (passados de mãe para filha), de esmoler (usados pelos mendicantes), de ermida (capelas domésticas) e afro-brasileiros.  

MUSEU DO ALEIJADINHO – situado na sacristia da Matriz de N.S. da Conceição, contém algumas obras do artista, como os Quatro Leões de Essa,esculpidos em cedro, e a imagem de São Francisco de Paula, com cabeça de pedra-sabão pintada.  

MUSEU CASA DOS INCONFIDENTES – inaugurado em 2010, único museu municipal da cidade. O local anteriormente era alojamento para hóspedes da Prefeitura. Atualmente expõe acervo mobiliário do cotidiano de uma residência de Ouro Preto oitocentista.   

MUSEU CASA DOS CONTOS – construído entre 1782 e 1784, o local é uma antiga casa de pesagem e fundição do ouro extraído na região. O minério era transformado em barra, reconhecido pelo Império que  cunhava seu brasão, um quinto era descontado e devolvida para o dono. O casarão também foi prisão dos inconfidentes e local da morte de Cláudio Manuel da Costa. Atualmente abriga o forno que transformava ouro em barras, o mobiliário dos séculos XVIII e XIX; na senzala estão as algemas e instrumentos que serviram para tortura escravos.   

MUSEU DE ARTE SACRA – situado no sub-solo da Matriz de N.S. do Pilar, contém acerto de objetos e imagens do século XVIII, como a de N.S. das Mercês esculpida por Aleijadinho, vestes religiosas confeccionadas com fios de ouro, prata e dada. Encontra-se no local o Missal da Antuérpia, livro feito de prata, veludo, madeira e papel, de 1738.

MUSEU CASA GUIGNARD – www.eravirtual.org – expõe telas e desenhos de Alberto Veiga Guignard (1896-1962), fluminense que adotou Ouro Preto como cidade do coração.  

MUSEU DAS REDUÇÕES – situado no distrito de Amarantina, a 23 km. O local abriga 27 réplicas em miniaturas elaboradas em escala de 25 vezes menor que a dos prédios originais, relativas aos monumentos brasileiros que representam ciclos econômicos:

- do ouro (Casa dos Contos - Ouro Preto (MG),

- da cana (Engenho São João - Itamaracá (BA),

- do café (Fazenda Resgate – Bananal (SP),

- da imigração (Estação de Trem – Joinville (SC),

- industrialização –(Usina Marmelos – Juiz de Fora (MG).   

TEATRO MUNICIPAL – CASA DA ÓPERA – Inaugurado em 1770 e reinaugurado em 2007. O camarote central do primeiro andar era de uso da Família Real.  

HORTO DOS CONTOS – área verde que cerca o casario foi transformada em parque, com trilha calçada de 1,5 km. Mirantes pelo trajeto favorecem fotos dos casarões antigos, sobrepostos por cedros e aroeiras.    

 

IGREJAS

A cidade oferece um conjunto completo de arte barroca nas igrejas, esculturas de santos, anjos, cenas bíblicas e pinturas e entalhes de pedra-sabão. 

BOM JESUS DE MATOZINHOS ou SÃO MIGUEL E ALMAS – construída entre 1761 e 1797. Atribui-se a Aleijadinho a portada de pedra-sabão que representa o purgatório. As telas que retratam a Santa Ceia e a Crucificação são de Ataíde. 

PADRE FARIA ou N.S.DO ROSÁRIO DOS BRANCOS – construída entre 1701 e 1704. Afastada do centro e parece uma capela. Os altares dourados tem detalhes em vermelho que demonstra a influência da arte oriental trazida pelos chineses de Macau. No teto a pintura representa a coroação de N.S. do Rosário. Do lado de fora, a cruz papal com três braços  e a torre campanário são separados do corpo da igreja. 

SANTA EFIGÊNIA ou N.S. DO ROSÁRIO DO ALTO DA CRUZ – construída entre 1733 e 1745, a fachada possui duas torres com relógios em cantaria. A técnica da cantaria, do entalhe em pedra,  foi utilizada na formação do núcleo urbano de Ouro Preto, o uso de rochas da região, como o quartzito e a pedra-sabão. Diversos chafarizes da cidade são feitos desse material, com detalhes,  como as carrancas, serpentes marinhas, conchas e pelicanos. Existem também as fachadas com portadas, relógios esculpidos em pedra, interiores em arcos e púlpitos de pura rocha. 

N.S. DO CARMO – construída em 1766, em estilo rococó, a última fase do barroco, possui menos ouro. Na capela-mor existem painéis de azulejos portugueses. São obras de Aleijadinho: a portada, o lavabo da sacristia, os púlpitos e os altares laterais de N.S. da Piedade e São João Batista. O teto da sacristia foi pintada pelo Mestre Ataíde. 

                                       Igreja N. S. do Carmo (no fundo)

MATRIZ N. S. DA CONCEIÇÃO – construída entre 1727 e 1770 – o projeto e a execução foram feitas pelo pai de Aleijadinho, Manuel Francisco Lisboa. As sepulturas de ambos estão no piso da igreja. As pias são de pedra-sabão. O Museu Aleijadinho encontra-se na sacristia. 

N. S. DAS MERCÊS E MISERICÓRDIA – construída em 1771. 

N. S. DAS MERCÊS E PERDÕES – construída entre 1743 e 1772. 

MATRIZ DE N. S. DO PILAR – construída entre 1711 e 1733, possui altares em ouro (mais de 400 kg). Os retábulos mostram o estilo barroco. Os seis altares laterais representam as irmandades e grupos sociais da época. No teto ocorre um efeito óptico causado pela figura do Cordeiro de Deus, onde um dos braços da cruz parece mudar de lado na medida em que a pessoa caminha. O Museu de Arte Sacra possui imagens de N.S. do Pilar, Santa Bárbara e N.S. da Conceição.   

N.S. DO ROSÁRIO DOS PRETOS – de 1765, erguida pelos escravos, possui paredes curvas. A escultura de Santa Helena, à direita, tem o rosto atribuído a Aleijadinho, uma das faces tem traços masculinos e a outra, femininos.  

SÃO FRANCISCO DE ASSIS – construída entre 1765 e 1810. O autor do projeto é Aleijadinho, como também do desenho do medalhão que está na fachada e do lavabo da sacristia feita de pedra-sabão. Mestre Ataíde levou mais de dez anos para pintar o forro da nave, uma de suas maiores obras. No altar-mor, os painéis e quadros laterais são de sua autoria. O forro da nave cria a ilusão de que o teto se projeta para o infinito, imitando o céu. 

 

SÃO FRANCISCO DE PAULA – (1804-1904) está situada no alto uma colina que possui vista panorâmica do Centro Histórico.  

 

CAPELAS:

N.S. DAS DORES

NOSSO SENHOR DO BONFIM

SÃO JOÃO BATISTA

SANT’ANA

SÃO SEBASTIÃO

BOM JESUS DAS FLORES  

FESTIVIDADES

Carnaval, Semana Santa, Semana da Inconfidência, festas juninas, festas de Nossa Senhora do Rosário, Festival de Inverno, Semana do Aleijadinho e festas populares, como o Congado.  

GASTRONOMIA

feijão troperiro, tutu à mineira, frango com quiabo e angu, goiabada com queijo Minas, doce de leite e ambrosia. 

ECOTURISMO

Ouro Preto possui 12 distritos marcados pela beleza da arquitetura colonial, montanhas, trilhas, cachoeiras, artesanato e culinária típica da região. Pelos caminhos da antiga Estrada Real existem paisagens naturais como o Itacolomi, Cachoeira das Andorinhas, Tripuí, Falcão e outras. A região oferece inúmeras minas e curiosas formações rochosas entre as serras.

 

POTSDAM (Alemanha)

www.potsdam.tourism.com

www.potsdamtourismus.de

www.potsdam-city-tour.de

www.potsdam-information.de

www.pfingstberg.de

www.botanischer-garten-potsdam.de

          Potsdam originou de Poztupimi, derivado dos termos eslavos Pod que  quer dizer “em, abaixo” e dubmi, “carvalho”. O nome Potsdam  significa “em baixo dos carvalhos”.    Antes do século X os eslavos estabeleceram-se no local.

         Considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, capital de Brandenburgo desde 1990. Fica a 27 km de Berlim. Banhada pelo rio Havel, localizada entre florestas e lagos.

         Sediou a conferência de 1945, concluída com as presenças de Truman, Stalin e Attlee, que manteve a aliança para a derrota do Japão e traçou rumos para o pós-guerra.

 

         Potsdam passou a ser uma cidade-quartel, o Rei Sargento converteu-a numa “Versalhes da Alemanha”. Foi bombardeada e de novo tornou-se a cidade guarnição, porém desta vez do exército russo.

         A cidade é conhecida historicamente como residência dos reis da Prússia e da família Imperial da Alemanha. Entre 1416 até 1918 a cidade fez parte do Império, até a queda dos Hohenzollern.

          Sofreu devastação com a Guerra dos Trinta Anos e os incêndios em 1536  e em 1550.

Atualmente possui três universidades públicas e muitos centros de pesquisa.

         No centro histórico existem diversos monumentos, a antiga Prefeitura, igrejas, museus e Alter Markt que possui 16 metros de altura, um obelisco com o retrato dos arquitetos de Potsdam.

 

Igreja de São Pedro e Paulo - situada no centro histórico.

 

Nikolai-Kirche - edifício neoclássico, encontra-se no Mercado Antigo (Alter Markt), próximos estão o Palácio Real, a antiga Prefeitura, o Portal da Fortuna e o Obelisco de Mármore.

 

 

         A cidade possui três grandes portas:

- Brandenburger Tor (Porta de Brandemburgo) - para lembrar a Guerra dos Sete Anos, foi inspirado no Arco do Triunfo romano, construído em 1770, decorado com figuras de Marte e Hércules.

 

 

- Jägertor – nome da zona de caça real ao norte da cidade

- Nauener Tor – fica no centro de Potsdam, arquitetura neogótica inglesa.

Palácio de Sanssouci – www.sanssouci.de – o palácio e seus jardins fazem parte do Patrimônio Mundial da Humanidade (Unesco) - construído para Frederico II (Rei da Prússia), chamado também “Frederico o Grande” (1712-1786). O termo francês Sanssouci significa “sem preocupação”.

 

 

 

 

 

 

 

Palácio  construído em estilo rococó, no alto de uma colina, no centro do parque. O terreno possui quase 300 hectares, lugar preferido de Frederico II, com variados jardins, edifícios de caráter real, o Bairro Holandês e o centro histórico com a pequena Porta de Brandenburgo.

 

 

 

A preferência pela escolha do estilo rococó deve-se ao fato de ser um estilo leve, que tinha harmonia com o uso alegre que ele queria para seu refúgio. O estilo Rococó de arte surgiu no início do século XVIII na França, como continuação do estilo Barroco que representava as cores escuras, temas pesados. O estilo Rococó manifestava a opulência, leveza, graça e divertimento, giravam em volta dos cenários naturais, exteriores e da natureza, ao contrário do Barroco, das batalhas heróicas e figuras religiosas.

 

 

 

 

 

 

 

         A fachada do palácio possui uma proa central com uma cúpula acima do telhado e o nome do palácio em letras de bronze dourado.

As alas laterais na fachada do jardim são protegidas por duas linhas simétricas de árvores que terminam em belvederes independentes, decoradas com ornamentos dourados.

A frente do palácio voltada para o jardim contém as figuras entalhadas de Atlantes e Cariátides, agrupadas aos pares entre as janelas, imitando suportar a balaustrada acima delas. Construídas em arenito, estas figuras de ambos os sexos representam Menades e Bacantes, companheiros de Baco, o deus do vinho. Aparecem também os vasos da balaustrada e os querubins por cima das janelas da cúpula.

 

 

A fachada da entrada norte demonstra contraste, com colunatas segmentadas, colunas coríntias formando duas curvas profundas para fora do palácio. Uma balaustrada com vasos de arenito decora o telhado.

 

 

Depois de vinte anos do Sanssouci, Frederico ordenou a construção do Novo Palácio de Potsdam (Neues Palais), de estilo barroco, que fica na parte oeste do parque.

          A Galeria de Pintura de Sanssouci foi construída entre 1755 e 1764, o mais antigo museu construído por um governante da Alemanha.

         No Novo Jardim, onde se encontra o Palácio de Cecilienhof, lugar idílico onde Stalin, Churchill e Truman firmaram a Paz e a repartição da Alemanha no verão de 1945.

Schloss Cecilienhof – último palácio construído pela família dos Hohenzollern, que governou a Prússia e Alemanha até 1918. O local foi escolhido para a Conferência de Potsdam, em 1945, em que os líderes da União Soviética, Reino Unido e Estados Unidos decidiram formas e normas após a Segunda Guerra Mundial. Situado ao norte do Garten Neuer parque, perto do lago Jungfernsee. Atualmente,as partes do palácio são usados como museu e como hotel.    

Bairro Holandês - o bairro possui 134 edifícios de tijolos vermelhos, estilo holandês, construídos entre 1733 e 1740.  

Alexandrowka - colônia russa com 13 casas de madeira de estilo russo. Foram construídas entre 1826 e 1827 conforme determinação do rei prussiano Friedrich Wilhelm III.                     

 

BERLIM (Alemanha)

www.berlin-welcomecard.com

www.visitBerlin.com

www.berlin.explorer.de

www.ciao-berlin.de

www.dasisstberlin.de

 

         Altitude: 37 metros acima do nível do mar.

        Alguns séculos a.C. diversas tribos se estabeleceram às margens dos rios Spree e Havel. Em 720 ocorreram os primeiros assentamentos de eslavos ao redor desses rios.  Em 1215 Berlim foi mencionada em documento.

A origem do nome, considerada como provável, provém da raiz eslava “brlo” ou “berlo”, que significa pântano, lugar úmido.  

O centro de Berlim é cortado pelo rio Spree e o bairro Spandau pelo rio Havel. Cinco rios atravessam a cidade, seis canais servem como vias de transporte e 50 lagos possibilitam a recreação.

 

Durante o século VI foram construídas fortificações nas áreas de Spandau e Köpenick pelos habitantes de tribos eslavas.

         No século XI, o guerreiro saxão Albrecht  da Casa dos Ascânios, derrota as tribos eslavas e torna-se o primeiro conde de Brandemburgo. Povos de outras regiões, como da Francônia e do vale do Reno ocuparam  margens do rio Spree.

No século XIII surgiu a cidade de Berlim, quase simultaneamente com Köln, numa área conquistada pelos eslavos.

         Em 1319, com a morte do último governante ascânio, Brandemburgo sofreu lutas sangrentas com a disputa pelas casas de Luxemburgo e Wittelsbach.

         Em 1414 a população solicitou, devido ao sofrimento, o auxílio do imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Designado como protetor Frederico de Hohenzollern.

         Em 1640 Frederico Guilherme I ocupou o trono de Brandemburgo e Berlim desenvolveu-se.

          Foi capital do Reino da Prússia de 1701 a 1918 e do Império Alemão de 1871 a 1918.

Após a Segunda Guerra Mundial, a cidade foi dividida em Berlim Oriental e Berlim Ocidental (capital Bonn). Permaneceu cercada pelo muro de 1961 a 1989. Após a reunificação alemã em 1990, a cidade tornou-se a capital da República Federal da Alemanha.  

 

         A cidade possui um terço da sua área composta por jardins, florestas, parques, rios e lagos. Quase 160 museus e coleções estão à disposição para os visitantes. 

Berlin WelcomeCard – cartão para uso de transporte na cidade que pode ser de 48 horas, 72  horas ou 5 dias, com via livre.

         A Unter den Linden é uma das mais famosas ruas da cidade, começa na Achlossplatz até a Pariser Platz e o Portão de Brandemburgo. No século 17 foram plantados limoeiros, aos quais deve o nome. Essa parte da cidade possui a maioria das construções históricas. O trecho entre Schlossbrücke e Friedrichstrasse é uma das áreas mais interessantes da cidade.

A longa ilha da cidade está localizada na junção dos afluentes do rio Spree. Neste local surgiu o povoamento, no início do século XIII. Na ilha estão a Berliner Dom (Catedral de Berlim) e a coleção de museus que deu nome à ilha. A Ilha dos Museus, em alemão Museumsinsel é uma ilha localizada no centro de Berlim. A pedra fundamental para a construção da Ilha dos Museus foi colocada de acordo com o comando de Karl Friedrich Schinkel, entre 1825 e 1830. A ilha compõe de cinco museus:

 - Museu Pergamon

          - Altes Museum
          - Alte Nationalgalerie

 - Neues Museum

 - Museu Bode

Pergamonmuseum – famoso por sua reconstrução de fragmentos de cidades antigas, como também pelos frisos originais do altar de Pérgamo. O museu foi construído entre 1912 e 1930. O nome do museu é devido ao famoso Altar de Pérgamo, tem lugar de destaque no salão principal. No Altar de Pérgamo (160 a.C.) a deusa Atená aparece num grande friso que retrata a batalha entre deuses e titãs.

Os pontos de destaque do Pergamonmuseum:

- Altar de Pérgamo (160 a.C) – dedicado a Zeus e Atena, peças do período helenístico

                Altar de Pérgamo - 113 metros de comprimento, mostra a gigantomaquia, ou seja, a luta   
                                                entre os deuses e gigantes da mitologia. Construído no século II a.C,
                                                na cidade de Pérgamo, atual Bergama, na Turquia.  É uma  estrutura    
                                                                                        dedicada a Zeus.
 

 

- Portão de Ishtar, da Babilônia (6º a.C) - decorado com tijolos esmaltados originais e a Passagem dos Cortejos.

- Portão do Mercado de Mileto (120 d.C) - portão romano construído como entrada para a praça do mercado na cidade romana de Mileto no litoral do Egeu, na Ásia Menor, hoje é a Turquia.

No museu de Pérgamo existem três acervos independentes:

- Museu de Antiguidades (gregas e romanas)

- Museu de Antiguidade do Oriente Próximo
- Museu de Arte Islâmica.

 

 

 

         Altes Museum – coleção de antiguidades e arte grega, nos cantos do edifício central estão as esculturas de Castor e Pólux, heróis da mitologia grega. Estrutura neoclássica com um pórtico majestoso de 87 m de altura sustentado por 18 colunas jônicas. Inaugurado em 1830, o museu foi construído para abrigar o acervo real de arte e antiguidades.  

Alte Nationalgalerie – Antiga Galeria Nacional.    

 

        Newes Museum - contém acervo de arte egípcia, possui o busto de Nefertiti.

 

 

         O Bodemuseum possui um canto arredondado na construção, coroado por um domo, bem visível no topo da ilha. Abriga coleção de moedas, medalhas e arte bizantinas e esculturas.

 

Catedral de Berlim (Berliner Dom) - situada no local da igreja original do Convento Dominicano fundado em 1297. No lugar dessa igreja foi construída entre 1745-50 uma Catedral Evangélica. Entre 1816 e 1820 foi reformada para o estilo classicista por Schinkel. Em 1893 foi novamente demolida para a construção da atual Catedral de Berlim. Entre 1893 a 1905 surgiu uma construção grandiosa do neo-barroco, desde essa época ficou como igreja principal do protestantismo prussiano e como igreja da corte e de monumento aos Hohenzollern. Durante a Segunda Guerra Mundial foi danificada e reconstruída a partir de 1975.

 

 

Bebelplatz e seus arredores:

- Zeughaus (antigo Arsenal) é uma construção barroca que abriga o Museu - Histórico Alemão. Construção barroca com a ornamentação da Minerva, deusa da sabedoria.

- Neue Wache é um memorial das vítimas de guerras e ditaduras.

- Friedrichswerdersche Kirche – igreja neogótica, há um museu dedicado ao arquiteto projetista, Karl Friedrich Schinkel.

O símbolo de Berlim é o Portão de Brandemburgo, conjunto neoclássico modelado de acordo com a entrada da Acrópole. Construído entre 1778 e 1791, possui dois pavilhões com colunas dóricas. Cenas da mitologia grega estão nos baixos-relevos. A escultura Quadriga foi retirada em 1806, por ordem de Napoleão e levada para Paris. Em 1814 retornou, sendo declarada o símbolo da vitória, a deusa recebeu um mastro com a águia prussiana e uma cruz de ferro, adornada com coroa de louros. Durante mais de quarenta anos a cidade ficou dividida, em 1989 foi derrubada a primeira parte do Muro de Berlim.

 

 Siegessäule – Coluna da Vitória (Goldelse, sobre a coluna) - construída em 1873 com a finalidade de comemorar as vitórias militares da Prússia sobre a Áustria, Dinamarca e França (1864-1871). Possui a altura de 66 metros, no topo está uma estátua de bronze de 5 metros e 35 toneladas. Estátua da Vitória, deusa da vitória militar. Existe uma escada de 285 degraus que leva a uma plataforma que fica a 45 metros do térreo.  

 

Bebelplatz, anteriormente Opemplatz (Praça da Ópera), construída para ser o ponto principal do Fórum Friedericianum, área destinada a refletir a grandeza da Roma Antiga. Em 1933 a praça foi o local da queima de livros organizada pelos nazistas. Destruíram cerca de vinte e cinco mil livros. Existe um monumento na praça que relembra o acontecimento. No chão da rua há um painel translúcido que fornece a imagem de um aposento com estantes vazias, e uma placa mostra as palavras do poeta Heinrich Heine (1820): “Onde se queimam livros, no final arderão pessoas”.
 

 St-Hedwigs-Kathedrale (Catedral de Santa Edwiges) – imensa igreja, afastada da rua e coroada por um domo. Foi construída para os católicos da Silésia (atual Polônia), que se tornou parte do reino da Prússia em 1742. O projeto inicial assemelhava ao Panteão de Roma. Construção de 1747, em 1773 foi consagrada Catedral. Foi danificada durante a Segunda Guerra Mundial. No local encontra-se uma Madona do século 16 e uma Pietá de 1420.                           

 A primeira igreja de Berlim é a Nikolaikirche, bombardeada em 1945 e reconstruída em 1987. A estrutura original é de 1230.

Alexanderplatz – um dos pontos mais movimentados da cidade, praça com lojas e restaurantes.

Gendarmenmarkty Friedrichstrabe – muitas pessoas consideram este local como um dos mais belos de Berlim. A praça foi criada no final do século XVII. Em 1821 surgiu a construção do teatro, atualmente funciona como Sala de concertos (Konzerthaus). A praça contém ainda duas construções com suas torres: a Catedral Alemã (Deutscger Dom) ao sul e a Catedral Francesa ao norte ( Französischer Dom).

Bairro de São Nicolau (Barrio de San Nicolás) – considerado como obra de arte de construção urbana dos tempos do RDA.

Rothes Rathaus (câmara vermelha) – estátuas de bronze de Marx & Angels.

Kulturforum (ao lado do Tiergarten): Gemäldegalerie, Kupferstichmuseum, Neue Nationalgalerie – Pinacoteca, Gabinete de gravados em cobre, Nova Galeria Nacional.

Denkmal für die ermordeten Juden Europas – Monumento aos judeus vítimas do Holocausto

Reichstag/Deutscher Bundestag – Parlamento alemão

Mauermuseum – Haus am Checkpoint Charlie – Museu do Muro

Gedenkstätte Berliner Mauer – lugar comemorativo do Muro de Berlim

Muro de Berlim – nas primeiras horas da madrugada de 13 de agosto de 1961 foi erguida a instalação de bloqueio ao redor do setor ocidental de Berlim, finalidade de deter o crescente fluxo de refugiados da RDA. Começou a a construção da “vala de proteção socialista” que permaneceu  até 9 de novembro de 1989. A RDA com o apoio da União Soviética e os estados restantes do Pacto de Varsóvia, isolaram Berlim ocidental. Foi erguido o bloqueio e vedado com arame farpado, alguns pontos só podiam ser atravessados por alguns oficiais. A extensão de 162 quilômetros de bloqueio, 37 km passavam em sua maioria por áreas urbanizadas, 17 km por áreas industriais, 30 km por áreas arborizadas, 24 através de águas, 54 km sobre aterros ferroviários  ou através de campos ou zonas pantanosas. Na última ampliação possuía sobre 107 km uma parede de placas de concreto de quatro metros de altura e sobre 65 km uma treliça metálica de quatro metros de altura. Em alguns pontos se encontravam ambos. A segurança da fronteira de pedras possuía 300 torres de observação, 22 carvoeiras e 256 instalações vigiadas por cães. Da antigua muralha resta somente 13 localizações em área da cidade que ainda pode ser visitada, são pequenas partes  da fronteira, em diferentes estados de conservação. Esta obra monstruosa que dividiu a cidade de um dia para o outro, para não deixar esquecida, criou-se ponto ao largo do desenvolvimento do muro, dentro da cidade, chamado “Lugares de recordação”.  Localizado no parque do muro, sobre o terreno da ferrovia do norte na Bernauer Strabe e no Invalidenpark, junto ao Tranenpalast diante da Estação Friedrichstrabe, no Raichstag, na Niederkirchnerstrabe, no Checkpouint Charlie e na East-Side-Gallery.       

Museum für Fotografie – Museu de fotografia

Torre de televisão – Berliner Fernsehturm/TV Turm Alexanderplatz – www.tv-turm.de -  a mais alta de todas as construções de Berlim. Possui 368 metros de altura. Nos 207 metros de altura existe uma cúpula com vidros em que se encontra um café, apoiado sobre um anel giratório, para avistar a cidade por completo, a duração é de meia hora para um giro completo. Dura 40 segundos para os elevadores atingirem a altura de 203metros. Com vinte e um passos mais acima está o restaurante giratório Sphere.

A parte de jardim, semelhante a um parque que vai do Spree, passando o Foro Marx Engels até a torre de televisão se deve à destruição de Segunda Guerra Mundial. Antes da guerra era toda construída, restaram algumas  construções da época: a Igreja Evangélica St. Marien e a Prefeitura de Berlim. Entre a Prefeitura e a Igreja se encontra a Fonte de Netuno, originalmente estava instalada no átrio do castelo da cidade, construída em 1891. Próximo encontra-se também o relógio que marca a hora do mundo.

Zoologischer Garten – Jardim Zoológico

Deutsches Historisches Museum – Museu Histórico Alemão

Frièdrichshain y Treptow – a Ponte de Oberbaum une ambas as partes da cidade que pertencem agora a um só bairro Kreuzberg e Friedrichshain.  O Spree nesta parte era fronteira entre Berlim oriental e ocidental. A East-Side-Gallery é a relíquia deste tempo, com muro de 1300 metros de longitude na M6Uhlenstrabe entre a Estação Este e o Oberbaum, sobre o que 118 artistas de 21 nacionalidades perpetuaram com grafite da concepção mais diversa. Sobre o outro lado da rua existe um grande parque comercial e de atrações com o2 World, um pavilhão desportivo e multifuncional. A obra Molecule Men com 30 metros, se encontra no Spree. As três figuras simbolizam também os bairros Friedrichshain, Kreuzberg e Treptow, que confluíam nesta esquina. No centro do parque se encontra um local de recordação do exército para os soldados soviéticos que cairam na batalha de Berlim.  

 

DDR Museum – Museu RDA

Jüdisches Museum – museu judaico.

Judeus em Berlim -  As primeiras provas documentadas da vida judia em Berlim provém do século XIII. Em 1671, Federico Guillermo possibilitou a alguns judeus expulsos de Viena, o assentamento em Brandemburgo, as famílias austríacas receberam uma carta de proteção. Em 1714 ocorreu a inauguração da sinagoga. Em 1925, os judeus que viviam na cidade representavam 4,3 por cento da população.  Com a nomeação de Adolf Hitler como Chanceler do Império começou a perseguição e o assassinato dos judeus na Alemanha. Atualmente existem lugares comemorativos, museus e recordações da postura do estado nacionalsocialista aos judeus na cidade e na Europa.

Tiergarten - parque

 

Schwules Museum – Museu gay

Deutsches Technikmuseum – Museu Alemão da Técnica

Hamburger Bahnhof – Museu de Arte Contemporânea

Museum für Naturkunde – Museu de Ciências Naturais

Kaiser-Wilhelm-Gedäxhtniskirche – Igreja da Memória

Castelo Charlottenburg – construído nas últimas décadas do século XVII, como residência de verão.

Museum Berggruen – Museu Berggruen

Messegelände, Funkturm, ICC Berlin – Recinto Ferial, Torre de rádio, Centro de Congresso.

Hackescher Höfen até a Porta de Oranienburg – no verão, o átrio norte da estação junto ao Hackescher Markt é o início de uma cadeia de cafés ao ar livre, que se estende através da Oranmienburger Strasse até a Friedrichstrabe. Antigamente se encontrava a Porta de Oranienburg e hoje atrai a curiosidade dos visitantes. Os Hackeschen Höfe são um complexo único de casa de habitação, eventos comerciais sobre uma superfície de terreno de 10.000 metros quadrados. Erguido em 1906 o complexo possui pátios que em parte estão decorados com fachadas vitrificadas coloridas.

 

Loja de departamento: KaDeWe

Bibliografia:

Enciclopédia Britânica

Berlin Y Potsdam (ISBN: 978-3-89917-372-7).