segunda-feira, 30 de setembro de 2013

OURO PRETO (MG)


www.ouropreto.mg.gov.br/portaldoturismo

          Cidade situada na Serra do Espinhaço, com altitude de 1.150 metros, a distância  de Belo Horizonte é de 96 quilômetros. O ponto mais elevado é o Pico do Itacolomi com 1772 metros.

                                                     Pico de Itacolomi
 
          O primeiro nome da cidade foi Vila Rica, depois Vila Rica de Albuquerque, para homenagear Antonio de Albuquerque, governador das capitanias de Minas e São Paulo. Por ordem de D. João V, o local passou a se chamar Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar, por causa da padroeira da cidade.
 
A origem do nome Ouro Preto provém do “ouro escuro” coberto de uma camada de óxido de ferro, encontrado na região. 


Considerada Patrimônio Cultural Mundial da Unesco. No Centro Histórico encontram-se igrejas, museus, chafarizes, construções históricas, casario colonial do tempo do Ciclo do Ouro e da Inconfidência Mineira. Pelas ladeiras do Centro Histórico o mais prático é andar a pé, as ruas são estreitas e tortuosas, algumas são via de mão única. 

 
 
 

PASSEIOS: 

MINA DA PASSAGEM – www.minasdapassagem.com.br - situada entre Ouro Preto e Mariana. A descida para as galerias subterrâneas são feitas através de um troller que chega a 315 metros de extensão e 120 metros de profundidade, onde existe um lago natural. A temperatura é de 17 a 20 graus. Fundada no início do século XVIII, retirado aproximadamente 35 toneladas de ouro. 

                                                            Entrada 

túnel escavado 
 
rocha de quartzo (seguiam as escavações pela faixa branca, retirando a pirita, onde se encontra o       ouro)
 
                                                                             lago

MINA DO CHICO REI – O nome da mina é proveniente de um africano chamado Chico Rei que chegou em Ouro Preto na condição de escravo para trabalhar na mineração do ouro. Veio como prisioneiro de guerra,  com um dos seus filhos, a mulher e os outros filhos morreram na travessia do Atlântico. Rei de sua tribo, lutou para alforriar seus súditos na América, tornando-se um líder em Ouro Preto. Desativada desde 1888, possui 1,5 km de extensão. Situada no Centro Histórico.  

 
 
 

MINA FELIPE DOS SANTOS – descoberta no fundo de uma residência, possui 170 m de percurso, é preciso se agachar para passar, no final do túnel principal há uma cascata. Está situada no Bairro Alto da Cruz.  

MINA DE SANTA RITA – localizada no Bairro Padre Faria, o guia conta o dia a dia dos escravos da época que garimpavam o ouro.  Existem outras minas na cidade e na região.

TREM TURÍSTICO OURO PRETO/MARIANA (Maria-fumaça)
www.fcasa.com.br/trens-turísticos

                                                               Estação de trem 
 
O trem percorre 18 km entre uma cidade e outra, com história, cultura e belezas naturais, como cachoeiras, montanhas, cânions e o Ribeirão do Carmo. Embarque pode ser em Ouro Preto ou Mariana. Funciona às sextas, sábados e domingos. 


 
Vagão panorâmico

 
 
 
PRAÇA TIRADENTES – local onde foi exposta a cabeça de Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier), Mártir da Independência, em 1792. A estátua de bronze de Tiradentes é o monumento inaugurado em 1894, em homenagem ao mártir. Atualmente dois prédios históricos estão localizados na praça: Museu da Inconfidência (antiga Casa da Câmara e Cadeia, de 1784) e o Museu de Ciência e Técnica (antigo Palácio dos Governadores). 

                                                    Praça Tiradentes

                                                Monumento (Tiradentes)

MUSEU DA INCONFIDÊNCIA – (1785-1855) – abriga coleção de arte sacra dos séculos XVII e XIX e esculturas de Aleijadinho e do Mestre Ataíde. A principal sala do museu é o Panteão da Inconfidência, com diversas sepulturas dos inconfidentes. O museu contém o livro original com a declaração de condenação do mártir Tiradentes e as supostas traves de madeira da forca. 

 
MUSEU DE CIÊNCIA E TÉCNICA – construção de 1741, situado na Praça Tiradentes, no antigo Palácio dos Governadores. Está dividido em setores: mineralogia, metalurgia, mineração e história natural. O acervo contém 23 mil amostras de minérios de todo o mundo, como ouro, pirita, turmalina, topázio e um meteorito de 47 kg encontrado em Itutinga (MG).   

MUSEU DO ORATÓRIO – www.eravirtual.org-  possui mais de 160 oratórios dos séculos XVII ao XX. Existem diversos modelos e formatos: de viagem (portáteis), de quarto de donzela (passados de mãe para filha), de esmoler (usados pelos mendicantes), de ermida (capelas domésticas) e afro-brasileiros.  

MUSEU DO ALEIJADINHO – situado na sacristia da Matriz de N.S. da Conceição, contém algumas obras do artista, como os Quatro Leões de Essa,esculpidos em cedro, e a imagem de São Francisco de Paula, com cabeça de pedra-sabão pintada.  

MUSEU CASA DOS INCONFIDENTES – inaugurado em 2010, único museu municipal da cidade. O local anteriormente era alojamento para hóspedes da Prefeitura. Atualmente expõe acervo mobiliário do cotidiano de uma residência de Ouro Preto oitocentista.   

MUSEU CASA DOS CONTOS – construído entre 1782 e 1784, o local é uma antiga casa de pesagem e fundição do ouro extraído na região. O minério era transformado em barra, reconhecido pelo Império que  cunhava seu brasão, um quinto era descontado e devolvida para o dono. O casarão também foi prisão dos inconfidentes e local da morte de Cláudio Manuel da Costa. Atualmente abriga o forno que transformava ouro em barras, o mobiliário dos séculos XVIII e XIX; na senzala estão as algemas e instrumentos que serviram para tortura escravos.   

MUSEU DE ARTE SACRA – situado no sub-solo da Matriz de N.S. do Pilar, contém acerto de objetos e imagens do século XVIII, como a de N.S. das Mercês esculpida por Aleijadinho, vestes religiosas confeccionadas com fios de ouro, prata e dada. Encontra-se no local o Missal da Antuérpia, livro feito de prata, veludo, madeira e papel, de 1738.

MUSEU CASA GUIGNARD – www.eravirtual.org – expõe telas e desenhos de Alberto Veiga Guignard (1896-1962), fluminense que adotou Ouro Preto como cidade do coração.  

MUSEU DAS REDUÇÕES – situado no distrito de Amarantina, a 23 km. O local abriga 27 réplicas em miniaturas elaboradas em escala de 25 vezes menor que a dos prédios originais, relativas aos monumentos brasileiros que representam ciclos econômicos:
- do ouro (Casa dos Contos - Ouro Preto (MG),
- da cana (Engenho São João - Itamaracá (BA),
- do café (Fazenda Resgate – Bananal (SP),
- da imigração (Estação de Trem – Joinville (SC),
- industrialização –(Usina Marmelos – Juiz de Fora (MG).   

TEATRO MUNICIPAL – CASA DA ÓPERA – Inaugurado em 1770 e reinaugurado em 2007. O camarote central do primeiro andar era de uso da Família Real.  

HORTO DOS CONTOS – área verde que cerca o casario foi transformada em parque, com trilha calçada de 1,5 km. Mirantes pelo trajeto favorecem fotos dos casarões antigos, sobrepostos por cedros e aroeiras.    

 

IGREJAS

A cidade oferece um conjunto completo de arte barroca nas igrejas, esculturas de santos, anjos, cenas bíblicas e pinturas e entalhes de pedra-sabão. 

BOM JESUS DE MATOZINHOS ou SÃO MIGUEL E ALMAS – construída entre 1761 e 1797. Atribui-se a Aleijadinho a portada de pedra-sabão que representa o purgatório. As telas que retratam a Santa Ceia e a Crucificação são de Ataíde. 

PADRE FARIA ou N.S.DO ROSÁRIO DOS BRANCOS – construída entre 1701 e 1704. Afastada do centro e parece uma capela. Os altares dourados tem detalhes em vermelho que demonstra a influência da arte oriental trazida pelos chineses de Macau. No teto a pintura representa a coroação de N.S. do Rosário. Do lado de fora, a cruz papal com três braços  e a torre campanário são separados do corpo da igreja. 

SANTA EFIGÊNIA ou N.S. DO ROSÁRIO DO ALTO DA CRUZ – construída entre 1733 e 1745, a fachada possui duas torres com relógios em cantaria. A técnica da cantaria, do entalhe em pedra,  foi utilizada na formação do núcleo urbano de Ouro Preto, o uso de rochas da região, como o quartzito e a pedra-sabão. Diversos chafarizes da cidade são feitos desse material, com detalhes,  como as carrancas, serpentes marinhas, conchas e pelicanos. Existem também as fachadas com portadas, relógios esculpidos em pedra, interiores em arcos e púlpitos de pura rocha. 

N.S. DO CARMO – construída em 1766, em estilo rococó, a última fase do barroco, possui menos ouro. Na capela-mor existem painéis de azulejos portugueses. São obras de Aleijadinho: a portada, o lavabo da sacristia, os púlpitos e os altares laterais de N.S. da Piedade e São João Batista. O teto da sacristia foi pintada pelo Mestre Ataíde. 


                                       Igreja N. S. do Carmo (no fundo)

MATRIZ N. S. DA CONCEIÇÃO – construída entre 1727 e 1770 – o projeto e a execução foram feitas pelo pai de Aleijadinho, Manuel Francisco Lisboa. As sepulturas de ambos estão no piso da igreja. As pias são de pedra-sabão. O Museu Aleijadinho encontra-se na sacristia. 

N. S. DAS MERCÊS E MISERICÓRDIA – construída em 1771. 

N. S. DAS MERCÊS E PERDÕES – construída entre 1743 e 1772. 

MATRIZ DE N. S. DO PILAR – construída entre 1711 e 1733, possui altares em ouro (mais de 400 kg). Os retábulos mostram o estilo barroco. Os seis altares laterais representam as irmandades e grupos sociais da época. No teto ocorre um efeito óptico causado pela figura do Cordeiro de Deus, onde um dos braços da cruz parece mudar de lado na medida em que a pessoa caminha. O Museu de Arte Sacra possui imagens de N.S. do Pilar, Santa Bárbara e N.S. da Conceição.   

N.S. DO ROSÁRIO DOS PRETOS – de 1765, erguida pelos escravos, possui paredes curvas. A escultura de Santa Helena, à direita, tem o rosto atribuído a Aleijadinho, uma das faces tem traços masculinos e a outra, femininos.  

SÃO FRANCISCO DE ASSIS – construída entre 1765 e 1810. O autor do projeto é Aleijadinho, como também do desenho do medalhão que está na fachada e do lavabo da sacristia feita de pedra-sabão. Mestre Ataíde levou mais de dez anos para pintar o forro da nave, uma de suas maiores obras. No altar-mor, os painéis e quadros laterais são de sua autoria. O forro da nave cria a ilusão de que o teto se projeta para o infinito, imitando o céu. 
 

SÃO FRANCISCO DE PAULA – (1804-1904) está situada no alto uma colina que possui vista panorâmica do Centro Histórico.  

 

CAPELAS:
N.S. DAS DORES
NOSSO SENHOR DO BONFIM
SÃO JOÃO BATISTA
SANT’ANA
SÃO SEBASTIÃO
BOM JESUS DAS FLORES  

FESTIVIDADES
Carnaval, Semana Santa, Semana da Inconfidência, festas juninas, festas de Nossa Senhora do Rosário, Festival de Inverno, Semana do Aleijadinho e festas populares, como o Congado.  

GASTRONOMIA
feijão troperiro, tutu à mineira, frango com quiabo e angu, goiabada com queijo Minas, doce de leite e ambrosia. 

ECOTURISMO
Ouro Preto possui 12 distritos marcados pela beleza da arquitetura colonial, montanhas, trilhas, cachoeiras, artesanato e culinária típica da região. Pelos caminhos da antiga Estrada Real existem paisagens naturais como o Itacolomi, Cachoeira das Andorinhas, Tripuí, Falcão e outras. A região oferece inúmeras minas e curiosas formações rochosas entre as serras.