segunda-feira, 7 de agosto de 2017

 
Mont-Saint-Michel (França)
 

              Em 1979 o Mont-St-Michel passou a ser Patrimônio da Humanidade – Unesco.

              Do Mont-St.-Michel a Pontorson tem uma distância de 9 km. Ônibus circula de 6 a 8 vezes por dia.  Na maré baixa, pode-se andar ao redor do Mont, num raio de cerca de 1 km. Se afastar do Mont poderá ficar preso na areia molhada, ou ser pego pela maré. Empresas oferecem visitas guiadas a pé pela baía. Atenção às marés, são perigosas; consultar a tabela da tábua das marés, alguns hotéis possuem.
             Segundo a mitologia  celta, o  Mont-Saint-Michel  era  uma  das  tumbas  marítimas para a qual os espíritos dos mortos eram enviados.
            Conforme relatos, em 708, o bispo Aubert, bispo de Avranches, construiu uma capela devocional no topo da ilha, seguindo a visão do arcanjo Miguel, cuja figura dourada, empoleirada no dragão derrotado que coroa o pináculo da abadia.

            Ricardo I, duque da Normandia, em 966, entregou o Mont aos beneditinos, passou a ser um centro de aprendizado.

            No século XI, o Mont foi um forte eclesiástico, com uma guarnição militar à disposição do abade e do rei.
 
 

             A igreja da Abadia foi construída no topo rochoso do monte. O transepto está em rocha sólida; a nave, coro e braços do transepto são apoiados pelas salas abaixo. A igreja possui mistura de estilos: a nave e o transepto sul são romântico-normandos, o coro é gótico. 



            No século XV, na época da Guerra dos Cem Anos, os ingleses bloquearam e sitiaram três vezes o Mont. A Abadia fortificada resistiu a esses ataques.

             A Abadia tem três níveis que demonstra sua hierarquia monástica.

            Em 1017 inicia o desenvolvimento da abadia, peregrinos passam a cultuar São Miguel, caminham descalços para serem recebidos pelos monges.

            Em 1203 sofreu incêndio pelas tropas de Filipe Augusto.

            Em 1434 as muralhas e fortificações resistem ao ataque dos ingleses no período da guerra dos Cem Anos. Ao norte da França foi o único local a resistir das mãos dos ingleses.

 


            Em 1789, após a Revolução, o monasticismo é abolido e o Mont é transformado em prisão. Durante este período, um tipo de elevador é construído, denominado “ a roda”.

            Em 1878, construção da passarela, permitindo que os peregrinos visitem o monte sem botas, corta o fluxo de água e leva até a baía.

           RODA – a roda gigante era operada como que por hamsters, seis prisioneiros, marchavam lado a lado, erguiam pedras e suprimentos para o Mont.

            O Mont era forte militar cercado de muralhas com torretas e seteiras, erguidas entre os séculos 13 e 15.



            Os três níveis da abadia demonstram a ordem monástica: os monges viviam isolados na igreja e no claustro, o abade recebia visitantes nobres e de classe média e os peregrinos eram recebidos no porão.
  
             A maioria das salas pode ser visitada sem guia, mas vale participar da visita guiada de 1 hora, incluída no preço da entrada.
             La Merveille, (A Maravilha), prédios do lado norte. O refeitório (salão de jantar), construído no século XIII, coberto de barris, iluminado por uma parede de janelas rebaixadas. A Sala de Visitas tem duas lareiras. A Capela Subterrânea de Nossa Senhora, uma das salas mais antigas da abadia. 
 
             Os pontos altos são: o amplo refeitório, iluminado por vigias, o Salão dos Cavaleiros, com arcadas e o claustro que é cercado por uma coluna dupla de arcos, sobre pilares de granito. 


            Grande Rue - principal via do pequeno vilarejo abaixo da abadia.
           

                 Em 2014 a passarela ou ponte natural foi substituída por uma ponte construída.


            Após a Revolução, o Mont foi transformado em prisão. Em 1966 a abadia foi devolvida aos beneditinos, época que marcava o milênio da ordem.









              A estátua dourada de são Miguel está no campanário, considerado o patrono do Mont.