Saint Emilion (França)
A origem do
nome está relacionada a um monge beneditino chamado Emilion. Monge milagreiro
que viveu em uma caverna próximo aos anos de 750 e 767. A cidade foi a parada
nas rotas dos peregrinos. Vilarejo medieval e cidade vinicultora.
O vilarejo e
seus vinhedos são considerados Patrimônio da Unesco. As calçadas são de
paralelepípedos e morros íngremes. Situada a 40 km de Bordeaux. Dentro do monastério destruído, surgiu a vinícola Lês Cordelies.
No centro de turismo pode-se obter ingresso para visita guiada pelas ruas e labirintos de catacumbas, com destaque a caverna do santo ermitão, Grotte de l'Ermitage e a Igreja Monolítica, esculpida em calcário, durante os séculos IX e XII. Nos subterrâneos faz frio, levar agasalho.
A estação de trem de St.-Émilion fica a 1 km ao sul da cidade. Diversos horários no percurso de trem de Bordeaux a St-Émilion, duração de 35 minutos.
A Igreja Monolítica possui 38 metros de comprimento, 20 de largura e altura média de 12 metros. Olhando por fora, não é possível imaginar o tamanho que se encontra dentro da rocha, localizada embaixo da Praça do Campanário.
Na abóboda da igreja existem dois anjos serafins. Em ambos os lados dos anjos, nos pilares, constam dois signos do zodíaco: Sagitário e Gêmeos. Estes signos podem representar duas situações: o solstício de inverno e de verão, ou nascimento e batismo de Jesus.
No recinto da Igreja Monolítica reúne a "jurade" de Saint-Emilion, confraria vinícola constituída de viticultores. Criada como um conselho dos nobres que exerciam a autoridade regional. Reúnem duas vezes por ano, para festas tradicionais:
- junho, no florescimento dos vinhedos e
- setembro, no início da colheita das uvas.
Durante a Revolução Francesa a igreja foi vendida como bem do estado e transformada em fábrica de "salpêtre", mistura natural de nitratos, encontrados em velhos muros de locais úmidos, serve para fabricar pólvora.
Atrás das três janelas, encontra-se a Igreja Monolítica. A palavra provém do grego
"monolithos", que significa "uma só pedra", a igreja foi cavada na rocha e não construída. As catacumbas nas cavernas são uma forma antiga de cemitério subterrâneo.
O complexo subterrâneo é parte essencial do patrimônio de Saint-Emilion, formando um labirinto entre 150 e 200 km de galerias identificadas, se estende por 6 níveis abaixo da cidade.
Desde o século X foram extraídos blocos de pedra da galeria, serviram para construir Saint-Emilion e parte das cidades de Libourne e Bordeaux.
Mais tarde as galerias passaram a serem utilizadas pelos "châteaux", como caves subterrâneas. Elas apresentam condições para a conservação e envelhecimento do vinho: umidade, ausência de luz e vibrações e temperatura entre 13 e 15 graus.
Maison du Vin (Casa do Vinho)
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Muralhas e portões medievais
Claustro da Igreja do Colegiado
São Emilion nasceu em Vannes, na Bretanha, nordeste da França, trabalhava como intendente do conde. Apoderava-se de pães do castelo para dar aos pobres. Certo dia o conde percebeu e perguntou o que ele tinha sob o manto. Respondeu que era lenha, quando o conde olhou, o primeiro milagre aconteceu, o pão se transformou em lenha. Emilion era popular e tímido, prefere sair de Vannes, foi para Saujon, um mosteiro beneditino. Permaneceu durante 6 anos e tornou-se monge. Emilion seguiu o rio Dordogne e chegou nessa região famosa pelas grutas que se chamava Ascumbas.
Emilion ficou numa dessas grutas e passou a viver como um eremita, sua vida era rezar, meditar e louvar a Deus. No centro da caverna, preparou seu assento, era onde rezava e meditava. Faleceu em 767, um povoado desenvolveu em torno da gruta.
Os franciscanos "cordeliers" se estabeleceram em St-Emilion no século XIII.
Restos do convento
Claustro dos franciscanos
Convento dos Jacobinos