quinta-feira, 10 de agosto de 2017

 
Saint Emilion (França)
 
 
A origem do nome está relacionada a um monge beneditino chamado Emilion. Monge milagreiro que viveu em uma caverna próximo aos anos de 750 e 767. A cidade foi a parada nas rotas dos peregrinos. Vilarejo medieval e cidade vinicultora. 
O vilarejo e seus vinhedos são considerados Patrimônio da Unesco. As calçadas são de paralelepípedos e morros íngremes. Situada a 40 km de Bordeaux. Dentro do monastério destruído, surgiu a vinícola Lês Cordelies.
 
No centro de turismo pode-se obter ingresso para visita guiada pelas ruas e labirintos de catacumbas, com destaque a caverna do santo ermitão, Grotte de l'Ermitage e a Igreja Monolítica, esculpida em calcário, durante os séculos IX e XII. Nos subterrâneos faz frio, levar agasalho.
 
A estação de trem de St.-Émilion fica a 1 km ao sul da cidade. Diversos horários no percurso de trem de Bordeaux a St-Émilion, duração de 35 minutos.




   
          
            A Igreja Monolítica possui 38 metros de comprimento, 20 de largura e altura média de 12 metros. Olhando por fora, não é possível imaginar o tamanho que se encontra dentro da rocha, localizada embaixo da Praça do Campanário.
 
            Na abóboda da igreja existem dois anjos serafins. Em ambos os lados dos anjos, nos pilares, constam dois signos do zodíaco: Sagitário e Gêmeos. Estes signos podem representar duas situações: o solstício de inverno e de verão, ou nascimento e batismo de Jesus.
 
            No recinto da Igreja Monolítica reúne a "jurade" de Saint-Emilion, confraria vinícola constituída de viticultores. Criada como um conselho dos nobres que exerciam a autoridade regional. Reúnem duas vezes por ano, para festas tradicionais:
- junho, no florescimento dos vinhedos e
- setembro, no início da colheita das uvas.
 
            Durante a Revolução Francesa a igreja foi vendida como bem do estado e transformada em fábrica de "salpêtre", mistura natural de nitratos, encontrados em velhos muros de locais úmidos, serve para fabricar pólvora.
 
 
 
            Atrás das três janelas, encontra-se a Igreja Monolítica. A palavra provém do grego
"monolithos", que significa "uma só pedra", a igreja foi cavada na rocha e não construída. As catacumbas nas cavernas são uma forma antiga de cemitério subterrâneo.
 
            O complexo subterrâneo é parte essencial do patrimônio de Saint-Emilion, formando um labirinto entre 150 e 200 km de galerias identificadas, se estende por 6 níveis abaixo da cidade. 
 
             Desde o século X foram extraídos blocos de pedra da galeria, serviram para construir Saint-Emilion e parte das cidades de Libourne e Bordeaux.
 
 
 
 
              St.-Emilion foi construída na forma de um anfiteatro. A Igreja Monolítica fica no alto, ao redor estão os vinhedos de alguns dos principais Châteaux.
 
            Mais tarde as galerias passaram a serem utilizadas pelos "châteaux", como caves subterrâneas. Elas apresentam condições para a conservação e envelhecimento do vinho: umidade, ausência de luz e vibrações e temperatura entre 13 e 15 graus.
 
 






 
Maison du Vin (Casa do Vinho) 
 
 
 
 
 
 
 
              Existem cursos rápidos para iniciantes em vinho. Degustação com aulas de hora e meia na própria escola do vinho.
 
   
 

 
            
 
 
Muralhas e portões medievais
 
 
 
Claustro da Igreja do Colegiado

 
             São Emilion nasceu em Vannes, na Bretanha, nordeste da França, trabalhava como intendente do  conde.  Apoderava-se de pães do castelo para   dar aos pobres. Certo dia  o conde percebeu e perguntou o que ele tinha sob o manto. Respondeu que era  lenha, quando o  conde olhou, o primeiro milagre aconteceu, o pão se transformou em lenha.    Emilion era popular e tímido, prefere sair de Vannes, foi  para Saujon, um mosteiro beneditino.  Permaneceu durante 6 anos e tornou-se monge. Emilion seguiu o rio Dordogne e chegou nessa região famosa pelas grutas que se chamava Ascumbas.                                              
 
             Emilion ficou numa dessas grutas e passou a viver como um eremita, sua vida era rezar, meditar e louvar a Deus. No centro da caverna, preparou seu assento, era onde rezava e meditava. Faleceu em 767, um povoado desenvolveu em torno da gruta.
 
 
 
 
                 Os franciscanos "cordeliers" se estabeleceram em St-Emilion no século XIII. 

                                                       
                                        Restos do convento

 
                           Claustro dos franciscanos
 
 
 
 



                                  Convento dos Jacobinos
 
 
 
 
 

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

 
Mont-Saint-Michel (França)
 

              Em 1979 o Mont-St-Michel passou a ser Patrimônio da Humanidade – Unesco.

              Do Mont-St.-Michel a Pontorson tem uma distância de 9 km. Ônibus circula de 6 a 8 vezes por dia.  Na maré baixa, pode-se andar ao redor do Mont, num raio de cerca de 1 km. Se afastar do Mont poderá ficar preso na areia molhada, ou ser pego pela maré. Empresas oferecem visitas guiadas a pé pela baía. Atenção às marés, são perigosas; consultar a tabela da tábua das marés, alguns hotéis possuem.
             Segundo a mitologia  celta, o  Mont-Saint-Michel  era  uma  das  tumbas  marítimas para a qual os espíritos dos mortos eram enviados.
            Conforme relatos, em 708, o bispo Aubert, bispo de Avranches, construiu uma capela devocional no topo da ilha, seguindo a visão do arcanjo Miguel, cuja figura dourada, empoleirada no dragão derrotado que coroa o pináculo da abadia.

            Ricardo I, duque da Normandia, em 966, entregou o Mont aos beneditinos, passou a ser um centro de aprendizado.

            No século XI, o Mont foi um forte eclesiástico, com uma guarnição militar à disposição do abade e do rei.
 
 

             A igreja da Abadia foi construída no topo rochoso do monte. O transepto está em rocha sólida; a nave, coro e braços do transepto são apoiados pelas salas abaixo. A igreja possui mistura de estilos: a nave e o transepto sul são romântico-normandos, o coro é gótico. 



            No século XV, na época da Guerra dos Cem Anos, os ingleses bloquearam e sitiaram três vezes o Mont. A Abadia fortificada resistiu a esses ataques.

             A Abadia tem três níveis que demonstra sua hierarquia monástica.

            Em 1017 inicia o desenvolvimento da abadia, peregrinos passam a cultuar São Miguel, caminham descalços para serem recebidos pelos monges.

            Em 1203 sofreu incêndio pelas tropas de Filipe Augusto.

            Em 1434 as muralhas e fortificações resistem ao ataque dos ingleses no período da guerra dos Cem Anos. Ao norte da França foi o único local a resistir das mãos dos ingleses.

 


            Em 1789, após a Revolução, o monasticismo é abolido e o Mont é transformado em prisão. Durante este período, um tipo de elevador é construído, denominado “ a roda”.

            Em 1878, construção da passarela, permitindo que os peregrinos visitem o monte sem botas, corta o fluxo de água e leva até a baía.

           RODA – a roda gigante era operada como que por hamsters, seis prisioneiros, marchavam lado a lado, erguiam pedras e suprimentos para o Mont.

            O Mont era forte militar cercado de muralhas com torretas e seteiras, erguidas entre os séculos 13 e 15.



            Os três níveis da abadia demonstram a ordem monástica: os monges viviam isolados na igreja e no claustro, o abade recebia visitantes nobres e de classe média e os peregrinos eram recebidos no porão.
  
             A maioria das salas pode ser visitada sem guia, mas vale participar da visita guiada de 1 hora, incluída no preço da entrada.
             La Merveille, (A Maravilha), prédios do lado norte. O refeitório (salão de jantar), construído no século XIII, coberto de barris, iluminado por uma parede de janelas rebaixadas. A Sala de Visitas tem duas lareiras. A Capela Subterrânea de Nossa Senhora, uma das salas mais antigas da abadia. 
 
             Os pontos altos são: o amplo refeitório, iluminado por vigias, o Salão dos Cavaleiros, com arcadas e o claustro que é cercado por uma coluna dupla de arcos, sobre pilares de granito. 


            Grande Rue - principal via do pequeno vilarejo abaixo da abadia.
           

                 Em 2014 a passarela ou ponte natural foi substituída por uma ponte construída.


            Após a Revolução, o Mont foi transformado em prisão. Em 1966 a abadia foi devolvida aos beneditinos, época que marcava o milênio da ordem.









              A estátua dourada de são Miguel está no campanário, considerado o patrono do Mont.
            
             






Giverny (França) - Monet-Casa Museu  

www.fondation-monet.com

              Claude Monet (1840-1926), nasceu em Paris.  Em 1883  mudou-se  para  Giverny, morou durante 43 anos, até sua morte. Sofreu de catarata no final de sua vida. Gostava de pintar ao ar livre em diferentes horários. 

             Distância de Giverny a Vernon é de 7km, um ônibus circula entre as cidades, diversos horários.

            Em 1857 estudou pintura em Paris, conheceu Camille Monet, sua primeira esposa.


                      

              Em 1872 pintou o quadro “Impressão, nascer do sol”, paisagem do Havre, onde morou com seus pais.          O nome usado no quadro favoreceu a origem do movimento impressionista.




             Em 1878, ano do nascimento do segundo filho, chamado Michel, Monet em férias com o casal Hoschédé, apaixona-se pela do amigo, chamada Alice. Um ano depois, Camille faleceu de câncer aos trinta e dois anos.



            Em 1883 Monet mudou-se para Giverny, na Normandia. Monet e Alice trocaram cartas até 1891, ano da morte de seu marido. Casaram-se no ano seguinte.
 
 

                                     Jardins da casa




             Em 1899 pintou a série de quadros denominados "Nenúfares", de grande sucesso. No jardim da casa em Giverny, havia um lago e uma pequena ponte japonesa que inspirou a criação de  nenúfares.



sexta-feira, 21 de novembro de 2014

SAGRES ((Portugal)


Cidade da escola de navegação que mudou a história da humanidade. A Escola de Sagres, fundada por Henrique, o Navegador, formou capitães que conquistaram a costa da África, descobriram o Brasil e outros destinos americanos. 




Cabo de São Vicente está próximo(3 km), possui um famoso farol da Europa, localizado num penhasco.

 


Sagres deriva de Promontorium Sacrum que significa “Promontório sagrado” nome dado pelos Romanos. As ruínas mais importantes são uma residência, termas, tanques de salga de peixe na Boca do Rio e na Praia de Salema.

 

 
 
         Foi uma época de descobertas, a cartografia era mais precisa devido aos novos instrumentos de medida, com versões do astrolábio e do relógio do sol, os mapas eram atualizados e melhorados, foi concebido um tipo especial de embarcação, a caravela.

                                      Os grandes capitães e marinheiros
                                      Com que fizeram a navegação,
                                      Jazem longínguos, lúgubres parceiros
                                      Do nosso esquecimento e ingratidão.
                                                        (Fernando Pessoa)   

                                                              
 
 

 
 
 
Rosa dos Ventos – círculo com 43 metros de diâmetro e 32 raios feitos com pedras, descoberto em 1921. Alguns estudiosos acreditam que tenha sido um relógio solar.


 
Igreja N.S. da Graça – construída em 1579.



Fortaleza – o rei D. João III ordenou a construção no séc. XVI para proteger o convento franciscano dos ataques dos piratas, é conhecida como Castelo de Sagres ou Forte de Sagres. No sismo de 1755 a fortaleza ficou danificada.

 

 
COSTA VICENTINA – percurso com cenários belos, encostas íngremes e formações rochosas recortadas e banhadas pelo mar, pitorescos povoados litorâneos e vilas de pescadores.