Altitude: 830 metros.
O centro histórico tornou-se Patrimônio
da Humanidade em 1988. O Rio Tormes atravessa a cidade. Os primeiros
habitantes, celtas e íberos, se estabeleceram nas margens desse rio.
Centro histórico
Centro histórico
Parque de los Jesuítas - próximo ao Rio Tormes
Universidades e Colégios – o assentamento ocorreu no século XIII, supuseram a
construção de até quatro colégios maiores e 28 menores, atualmente conservam-se
o de São Bartolomeu e o dos Irlandeses. Os jesuítas no século XVII fundaram o Colégio
Real da Companhia de Jesus, conhecido como a Clerecía, que desde 1940 é a sede
da Universidade Pontifícia.
Universidade de Salamanca - a sede foi
fundada por Alfonso IX de León, em 1218, possui arte renascentista espanhola.
Os Reis Católicos outorgaram privilégios, a fachada parece ser uma homenagem a
estes monarcas. Em 1596 Salamanca tinha setenta cátedras, destacavam-se:
direito, teologia, medicina, lógica e filosofia, retórica, gramática, grego,
latim, hebreu e caldeu, astrologia e música. Pessoas que lecionaram ou
estudaram na instituição: Ignácio de Loyola (fundador da Companhia de Jesus,
1495-1556), Miguel de Unamuno (escritor, 1864-1936) e outros. A fachada está dividida em três zonas: no
meio da primeira destaca-se um medalhão com as imagens dos Reis Católicos; a
segunda contém os escudos reais dos Áustrias rodeados de bustos, medalhas e um
entablamento com crianças em posturas engraçadas e a terceira está centrada
pela cena dum papa dissertando com cardeais, e nos lados as figuras de
Vênus e Hércules. A decoração é rica em detalhes e figuras, entre elas a famosa
“rã” que, segundo a tradição, dava sorte aos estudantes que conseguiam
descobrí-la.
La Clerecía – chamado também de Real Colégio do Espírito Santo,
atualmente é a sede da Universidade Pontifícia. É um grande conjunto
arquitetônico que consta de igreja, dois pavilhões, um pátio e várias
dependências anexas.
Casa Museu Unamuno -
Vialia Estação de Salamanca – estação
da rede feroviária inaugurada em 2002, com 30.000 m², possui lojas, restaurantes, supermercado, etc.
Plaza Mayor - edificada entre 1729 e 1755. O Pavilhão Real tem um grande arco de meio ponto que liga com a Calle
de Toro, sobre o qual se situa uma varanda desde a qual os reis presenciavam as
festas taurinas e outros atos celebrados na praça. Sobre a varanda existe um
medalhão com o busto de Felipe V. O edifício do Ayuntamiento situado na fachada norte consta de dois andares de varandas,
com o qual rompe a unidade dos três andares de varandas do resto da praça. Ambos
os andares possuem colunas coríntias compostas, entre as quais se introduzem
varandas rematadas por frontões. O conjunto está rematado por balaustres com
esculturas, com três sinos e um relógio. O número de arcos é diferente em cada
fachada: ao norte com 21 arcos, onde se encontra o Ayuntamiento, a leste com 22
arcos, ao sul 20 arcos e a fachada oeste tem 25 arcos.
Ponte Romana – possui 26 arcos, sendo que os quinze mais próximos
da cidade antiga são da época romana e os onze restantes são do século XVII por
estarem afetados pelas cheias do rio Tormes. Na entrada da ponte consta o
monumento em bronze que recorda o protagonista do romance picaresco Lazarillo de Tormes, que aparece
acompanhado pelo mendigo cego, de quem o Lazarillo aprendeu a sua primeira
lição. Esta lição tem relação com o verrasco
que existe no centro da ponte, em pedra, da época dos Vetões. O
romance conta que o mendigo cego disse ao Lazarillo que se aproximasse a orelha
do verrasco e ouviria um grande ruído dentro dele. Quando o cego notou que asim
fazia, deu então um forte golpe com o seu bastão, rindo durante muito
tempo do rapaz, segundo as suas palavras, “mais de três dias me durou
a dor da cornada”. Um passeio pela ponte até à outra margem pode-se avistar a
cidade com as Catedrais e as torres de La Clerecía e do Convento de San
Esteban.
Catedral Velha – a catedral românica de Santa Maria foi erguida no
século XII. Os capitéis possuem
variedade de motivos vegetais, folhas curvadas, folhas de acanto e
cenas bíblicas. Numa da naves laterais está a Capela de San Martín ou do “azeite”, com pintura gótica, diferentes
figuras que representam anjos, profetas e santos. A capela-mor composta por 53 tábuas que mostram a vida de Cristo e da
Virgem, distribuídas em cinco andares e onze ruas. O claustro conservam-se arcos e capitéis historiadas no século XII.
Na Capela de Santa Bárbara, de 1334,
à volta das paredes corre um cadeiral tosco onde se sentavam os catedráticos e
doutores da Universidade a examinar o aluno, que ocupava o cadeirão fradesco
que atualmente se encontra na parte posterior do túmulo do fundador. Outras
capelas: Talavera, Santa Catalina, Anaya ou de São Bartolomeu.
Casa de las Conchas – construída no século XV, se distingue pelas conchas
que adornam a fachada principal. Não se sabe com certeza a história da casa,
mas como foi edificada por Rodrigo Arias de Maldonado, cavaleiro de Santiago, pode
ter sido motivo as bodas com Juana Pimentel, sendo as conchas, símbolo dos
Pimentel. Na fachada encontram-se escudo dos Reis Católicos.
Palácio da Salina ou de Fonseca – o nome de Salina tem relação com o depósito de sal da
cidade, antigamente. Construído no século XVI.
Igreja de San Martín – fundada em 1103, consta de três naves sem cruzeiro,
separadas por colunas cujos capitéis alternam folhas de acanto, folhas lisas e
figuras alegóricas.
Igreja de San Marcos – de 1178, de planta circular, interrompida por três
absides semicirculares. No exterior existe um relevo de São Marcos, sentado e a
escrever.
Igreja do Sancti Spiritus – em 1223 foi entregue à Ordem de Santiago , seu
interior é semelhante ao Convento de São Estevão.
Igreja de São Cristóvão – fundada em 1145 pelos cavaleiros hospitalários. É de
cruz latina fechada por uma única abside e capelas laterais quadradas.
Igreja de Santo Tomás de Canterbury – denominada também de Santo Tomás Canturiense, erguida
por dois mestres ingleses . Em 1175 na região que ocuparam os repovoadores
portugueses. Em forma de cruz latina e remata em três capelas com suas absides.
Igreja de San Juan de Barbalos – fundada em 1232 pelos cavaleiros hospitalários,
composta por uma nave, com abside semicircular e e capela-mor coberta por uma
abóboda de canhão.
Igreja de San Elias ou de El Carmen – do século XVI, possuía um convento anexo que
desapareceu nos meados do século XIX. Apresenta fachada simples com a imagem do
santo titular sobre a porta e dois escudos da ordem dos carmelitas.
Outras igrejas: San Polo, Santiago, Santa
María de los Caballeros, Vera Cruz, San Sebastián e San Benito.
Convento de San Esteban – convento dominicano, iniciado em 1525 e terminado em
1618. Consta de uma grande igreja e várias dependências conventuais como a
sacristia, a sala capitular, três claustros e a biblioteca. A porta principal
da igreja é constituída por uma grande arcada decorada no interior, ao lado da
porta existem três pilastras de cada lado que estão esculpidos os santos da
Ordem. A Igreja tem planta de cruz latina com nave única coberta com ogivas até
ao cruzeiros, de estilo renascentista, tanto na balaustrada como nas molduras
estriadas rematadas em capitéis coríntios sobre as quais se apoia. Na ala
direita do cruzeiro encontra-se o altar de Santo Domingo.
Igreja San Esteban
Convento de Santa Maria de las Dueñas – fundado em 1419, para mulheres nobres. Do tempo da sua
fundação conserva-se uma porta mourisca de arco apontado com azulejos na
galeria superior do claustro. O claustro é considerado uma riqueza artística do
renascimento salamanquino e espanhol.
Convento de Nossa Senhora da Anunciação
ou das Úrsulas – do século XVI,
destaca-se a sua igreja gótica, de uma nave coberta por três abóbodas de
cruzaria estrelada. A igreja tem dois coros: o superior fechado com uma grade
gótica e o inferior com arte de influência italiana e mudéjar. No interior do
convento tem um museu com artes dos séculos XV e XVI.
Convento das Agostinhas ou Igreja de Las
Puríssima – fundado em 1594 para
freiras agostinhas. A fachada apresenta uma decoração com pilastras coríntias
acanaladas sobre pedestais, no centro se eleva o frontão com ático.
Convento de Santa Clara – fundado em 1220 por Dona Urraca, que tinha o desejo de
viver com as suas companheiras numa ermida.
Convento dos Capuchinhos –a igreja do convento foi construída entre 1746 e
1756, com uma nave de pilastras pegadas ao muro.
Casa de las Muertes – o nome é devido os acontecimentos que, segundo as
lendas, aconteceram no local. Segundo uma das lendas as famílias rivais
Monroy e Manzano, num confronto provocaram duas mortes; a outra lenda diz que um
criminoso matou a família de um sacerdote.
Casa de los Ovale – Situada ao lado da Casa de las Muertes, do século XVI,
foi residência de Miguel de Unamuno até a sua morte, consta uma lápide ao pé da
porta.
Palácio de Monterrey – construído pelo conde de Monterrey em 1539. Edifício
retangular com uma ala e dois torreões nos ângulos. As janelas tem colunas
coríntias.
Casa Lis - Museu de Art Nouveau e Art Deco - construída em 1905, antiga mansão privada de estilo modernista de Miguel de Lis. Atualmente o museu reúne mais de 2000 peças distribuídas em 19 coleções, entre elas a de vidro, bonecas de porcelana e criselefantinas (delicadas figuras de bronze e marfim).
Casa Lis - Museu de Art Nouveau e Art Deco - construída em 1905, antiga mansão privada de estilo modernista de Miguel de Lis. Atualmente o museu reúne mais de 2000 peças distribuídas em 19 coleções, entre elas a de vidro, bonecas de porcelana e criselefantinas (delicadas figuras de bronze e marfim).
Museus:
Museu
da Catedral,
Museu
da Universidade,Museu das Úrsulas,
Museu do Convento de São Estevão,
Convento de Santa Clara,
Centro de Arte de Salamanca,
Museu de Salamanca
Museu de História da Cidade
Museu Taurino
Museu do Comércio e da Indústria
Museu de Históra da Automação