quarta-feira, 29 de outubro de 2014

SALAMANCA (Espanha)



 

         Altitude: 830 metros.  

         O centro histórico tornou-se Patrimônio da Humanidade em 1988.  O Rio Tormes atravessa a cidade. Os primeiros habitantes, celtas e íberos, se estabeleceram nas margens desse rio. 


                                                                    Centro histórico
 
Parque de los Jesuítas - próximo ao Rio Tormes
 
 
Universidades e Colégios – o assentamento ocorreu no século XIII, supuseram a construção de até quatro colégios maiores e 28 menores, atualmente conservam-se o de São Bartolomeu e o dos Irlandeses. Os jesuítas no século XVII fundaram o Colégio Real da Companhia de Jesus, conhecido como a Clerecía, que desde 1940 é a sede da Universidade Pontifícia.
 
Universidade de Salamanca -  a sede foi fundada por Alfonso IX de León, em 1218, possui arte renascentista espanhola. Os Reis Católicos outorgaram privilégios, a fachada parece ser uma homenagem a estes monarcas. Em 1596 Salamanca tinha setenta cátedras, destacavam-se: direito, teologia, medicina, lógica e filosofia, retórica, gramática, grego, latim, hebreu e caldeu, astrologia e música. Pessoas que lecionaram ou estudaram na instituição: Ignácio de Loyola (fundador da Companhia de Jesus, 1495-1556), Miguel de Unamuno (escritor, 1864-1936) e outros.  A fachada está dividida em três zonas: no meio da primeira destaca-se um medalhão com as imagens dos Reis Católicos; a segunda contém os escudos reais dos Áustrias rodeados de bustos, medalhas e um entablamento com crianças em posturas engraçadas e a terceira está centrada pela cena dum papa dissertando com cardeais, e nos lados as figuras de Vênus e Hércules. A decoração é rica em detalhes e figuras, entre elas a famosa “rã” que, segundo a tradição, dava sorte aos estudantes que conseguiam descobrí-la.   

 

La Clerecía – chamado também de Real Colégio do Espírito Santo, atualmente é a sede da Universidade Pontifícia. É um grande conjunto arquitetônico que consta de igreja, dois pavilhões, um pátio e várias dependências anexas.    
 
Casa Museu Unamuno - 
 
        


Vialia Estação de Salamanca –  estação da rede feroviária inaugurada em 2002, com 30.000 m², possui lojas, restaurantes, supermercado, etc.



Plaza Mayor - edificada entre 1729 e 1755. O Pavilhão Real tem um grande arco de meio ponto que liga com a Calle de Toro, sobre o qual se situa uma varanda desde a qual os reis presenciavam as festas taurinas e outros atos celebrados na praça. Sobre a varanda existe um medalhão com o busto de Felipe V. O edifício do Ayuntamiento situado na fachada norte consta de dois andares de varandas, com o qual rompe a unidade dos três andares de varandas do resto da praça. Ambos os andares possuem colunas coríntias compostas, entre as quais se introduzem varandas rematadas por frontões. O conjunto está rematado por balaustres com esculturas, com três sinos e um relógio. O número de arcos é diferente em cada fachada: ao norte com 21 arcos, onde se encontra o Ayuntamiento, a leste com 22 arcos, ao sul 20 arcos e a fachada oeste tem 25 arcos.  
 
 
 
Ponte Romana – possui 26 arcos, sendo que os quinze mais próximos da cidade antiga são da época romana e os onze restantes são do século XVII por estarem afetados pelas cheias do rio Tormes. Na entrada da ponte consta o monumento em bronze que recorda o protagonista do romance picaresco Lazarillo de Tormes, que aparece acompanhado pelo mendigo cego, de quem o Lazarillo aprendeu a sua primeira lição. Esta lição tem relação com o verrasco que existe no centro da ponte, em pedra, da época dos Vetões. O romance conta que o mendigo cego disse ao Lazarillo que se aproximasse a orelha do verrasco e ouviria um grande ruído dentro dele. Quando o cego notou que asim fazia, deu então um forte golpe com o seu bastão, rindo durante muito tempo do rapaz, segundo as suas palavras, “mais de três dias me durou a dor da cornada”. Um passeio pela ponte até à outra margem pode-se avistar a cidade com as Catedrais e as torres de La Clerecía e do Convento de San Esteban. 
 
                                               Lazarillo de Tormes



Catedral Velha – a catedral românica de Santa Maria foi erguida no século XII. Os capitéis possuem variedade de motivos vegetais, folhas curvadas, folhas de acanto e cenas bíblicas. Numa da naves laterais está a Capela de San Martín ou do “azeite”, com pintura gótica, diferentes figuras que representam anjos, profetas e santos. A capela-mor composta por 53 tábuas que mostram a vida de Cristo e da Virgem, distribuídas em cinco andares e onze ruas. O claustro conservam-se arcos e capitéis historiadas no século XII. Na Capela de Santa Bárbara, de 1334, à volta das paredes corre um cadeiral tosco onde se sentavam os catedráticos e doutores da Universidade a examinar o aluno, que ocupava o cadeirão fradesco que atualmente se encontra na parte posterior do túmulo do fundador. Outras capelas: Talavera, Santa Catalina, Anaya ou de São Bartolomeu. 

 
 
Casa de las Conchas – construída no século XV, se distingue pelas conchas que adornam a fachada principal. Não se sabe com certeza a história da casa, mas como foi edificada por Rodrigo Arias de Maldonado, cavaleiro de Santiago, pode ter sido motivo as bodas com Juana Pimentel, sendo as conchas, símbolo dos Pimentel. Na fachada encontram-se escudo dos Reis Católicos.
 
 


Palácio da Salina ou de Fonseca – o nome de Salina tem relação com o depósito de sal da cidade, antigamente. Construído no século XVI.

 Catedral Nova – construída numa colina mais alta da cidade, iniciada em 1512.  A parte externa tem característa de um sistema de arcobotantes e estribos rematados em agudos pináculos, que são contrapesados pela horizontalidade das ameadas e das balaustradas. A fachada principal é composta por cinco lanços separados por contraforte e apoiados por arcos e abóbodas lavradas. No interior consta a cruz latina dividida em cinco naves de diversas alturas. Todas as capelas da catedral, as das naves e as da girola apresentam estrutura idêntica: altares situados no testeiro oriental e, no resto, nichos abrigados sob um arco. 
                                      Torre da Catedral Nova

                                                Fachada principal
 

Igreja de San Martín – fundada em 1103, consta de três naves sem cruzeiro, separadas por colunas cujos capitéis alternam folhas de acanto, folhas lisas e figuras alegóricas.



Igreja de San Marcos – de 1178, de planta circular, interrompida por três absides semicirculares. No exterior existe um relevo de São Marcos, sentado e a escrever.

Igreja do Sancti Spiritus – em 1223 foi entregue à Ordem de Santiago , seu interior é semelhante ao Convento de São Estevão.  

Igreja de São Cristóvão – fundada em 1145 pelos cavaleiros hospitalários. É de cruz latina fechada por uma única abside e capelas laterais quadradas. 

Igreja de Santo Tomás de Canterbury – denominada também de Santo Tomás Canturiense, erguida por dois mestres ingleses . Em 1175 na região que ocuparam os repovoadores portugueses. Em forma de cruz latina e remata em três capelas com suas absides.  

Igreja de San Juan de Barbalos – fundada em 1232 pelos cavaleiros hospitalários, composta por uma nave, com abside semicircular e e capela-mor coberta por uma abóboda de canhão.   

Igreja de San Elias ou de El Carmen – do século XVI, possuía um convento anexo que desapareceu nos meados do século XIX. Apresenta fachada simples com a imagem do santo titular sobre a porta e dois escudos da ordem dos carmelitas. 

Outras igrejas: San Polo, Santiago, Santa María de los Caballeros, Vera Cruz, San Sebastián e San Benito.  

Convento de San Esteban – convento dominicano, iniciado em 1525 e terminado em 1618. Consta de uma grande igreja e várias dependências conventuais como a sacristia, a sala capitular, três claustros e a biblioteca. A porta principal da igreja é constituída por uma grande arcada decorada no interior, ao lado da porta existem três pilastras de cada lado que estão esculpidos os santos da Ordem. A Igreja tem planta de cruz latina com nave única coberta com ogivas até ao cruzeiros, de estilo renascentista, tanto na balaustrada como nas molduras estriadas rematadas em capitéis coríntios sobre as quais se apoia. Na ala direita do cruzeiro encontra-se o altar de Santo Domingo.  
                                                Igreja San Esteban

 

 
Convento de Santa Maria de las Dueñas – fundado em 1419, para mulheres nobres. Do tempo da sua fundação conserva-se uma porta mourisca de arco apontado com azulejos na galeria superior do claustro. O claustro é considerado uma riqueza artística do renascimento salamanquino e espanhol.  

Convento de Nossa Senhora da Anunciação ou das Úrsulas – do século XVI, destaca-se a sua igreja gótica, de uma nave coberta por três abóbodas de cruzaria estrelada. A igreja tem dois coros: o superior fechado com uma grade gótica e o inferior com arte de influência italiana e mudéjar. No interior do convento tem um museu com artes dos séculos XV e XVI. 

Convento das Agostinhas ou Igreja de Las Puríssima – fundado em 1594 para freiras agostinhas. A fachada apresenta uma decoração com pilastras coríntias acanaladas sobre pedestais, no centro se eleva o frontão com ático.  

Convento de Santa Clara – fundado em 1220 por Dona Urraca, que tinha o desejo de viver com as suas companheiras numa ermida.  
 
Convento dos Capuchinhos –a igreja do convento foi construída entre 1746 e 1756, com uma nave de pilastras pegadas ao muro.  

Casa de las Muertes – o nome é devido os acontecimentos que, segundo as lendas, aconteceram no local. Segundo uma das lendas as famílias rivais Monroy e Manzano, num confronto provocaram duas mortes; a outra lenda diz que um criminoso matou a família de um sacerdote. 

Casa de los Ovale – Situada ao lado da Casa de las Muertes, do século XVI, foi residência de Miguel de Unamuno até a sua morte, consta uma lápide ao pé da porta.  

Palácio de Monterrey – construído pelo conde de Monterrey em 1539. Edifício retangular com uma ala e dois torreões nos ângulos. As janelas tem colunas coríntias.  

Casa Lis - Museu de Art Nouveau e Art Deco - construída em 1905, antiga mansão privada de estilo modernista de Miguel de Lis. Atualmente o museu reúne mais de 2000 peças distribuídas em 19 coleções, entre elas a de vidro, bonecas de porcelana e criselefantinas (delicadas figuras de bronze e marfim).



Museus:

Museu da Catedral,
Museu da Universidade,
Museu das Úrsulas,
Museu do Convento de São Estevão,
Convento de Santa Clara,
Centro de Arte de Salamanca,
Museu de Salamanca
Museu de História da Cidade
Museu Taurino
Museu do Comércio e da Indústria
Museu de Históra da Automação

 

 

 

sábado, 25 de outubro de 2014

MADRID (Espanha)

www.madrid.es

Altitude: 655 metrosPopulação aproximada de 3,3 milhões. Banhada pelo rio Manzanares.

         O significado do nome Madrid está relacionado com o fato de que durante o governo de Maomé I, foi construído um palácio, onde hoje está o Palácio Real. Em torno desse palácio foi ocupado pelos mouros chamados al-Mudain, próximo do rio Manzanares, chamado pelos muçulmanos de al-Majrit, em árabe, traduzida como “fonte de água”. O termo passou para Majerit e mais tarde denominou-se Madrid.

          Final do séc. XIX, no governo da rainha Isabel II ocorreu a Primeira República Espanhola. A república durou dois anos e voltou para monarquia.  Em 1931 iniciou-se a Segunda República Espanhola e logo em seguida a Guerra Civil Espanhola.

         A cidade preservou muitos de seus bairros e ruas históricas.


 Palácio Real de Madrid – conhecido também como Palácio de Oriente, é a residência oficial do Rei da Espanha. Possui uma área de 135.000 m², com 4318 quartos, considerado o maior palácio real na Europa. A origem do prédio é do século IX. O interior destaca-se na decoração com obras dos artistas Goya, Velázquez, El Greco, Rubens, Caravaggio e outros. O palácio abriga armas e armaduras do século XIII, coleções de tapeçaria, porcelanas, mobiliários e outras obras de arte.  Possui enorme coleção Stradivarius com o quinteto dos “Stradivarius Palatinos”. Existem diversos salões, Capela Real, Biblioteca, coleção de relógios, esculturas, tapetes, etc. Vários jardins adornam o local, com lago ao redor, fontes e estátuas dos Reis Espanhóis.

Teatro Real – localizado em frente ao Palácio Real de Madrid, inaugurado em 1850, depois de mais de trinta anos de planejamento e construção. Visita guiada em várias línguas, todos os dias.

Parque do Retiro - denominado tembém de Jardins do Bom Retiro, criado entre 1630 e 1640, com área de 118 hectares. O Conde-Duque de Olivares ofereceu ao rei Filipe IV alguns terrenos para o lazer da Corte em redor do Convento de São Jerônimo o Real. O Passeio das Estátuas é uma alameda com uma série de estátuas dedicadas aos monarcas espanhóis. A Porta de Espanha é a entrada do parque. O Monumento a Afonso XII foi construído em homenagem ao rei. O Palácio de Cristal é uma estufa, fica próximo de um lago.

Biblioteca Nacional da Espanha – localizada no Paseo de Recoletos, fundada em 1712.

Igreja dos Jerônimos -
 

Paseo del Prado – possui 3 museus:  
Museu do Prado, Museu Rainha Sofia e Museu Thyssen-Bornemisza.

Museu do Prado – início da construção no reinado de Carlos III, inaugurado no reinado de Fernando VII, as obras prolongaram-se por anos e foi inaugurado em 1819. Abriga coleções de pintura (espanhola, francesa, flamenga, alemã e italiana, britânica e holandesa) e esculturas provenientes dos reis e da nobreza. Em 1872 recebeu doação do acervo das obras religiosas do Museu da Trindade. O museu possui o Edifício Jerônimos (exposições temporárias) e o Edifício Villanueva (pinturas 1100-1910) e esculturas.


 
Praça de Cibeles – o nome está relacionado à deusa Cibeles, esposa do titá Cronos e mãe de Atis. No centro está a Fonte de Cibeles, esculpida em 1782. . A praça está localizada na interseção das Calle de Alcallá com o Paseo de Recoletos e o Paseo del Prado.

Fuente de Neptuno - localizada no Paseo del Prado.

 

Plaza Mayor – originada no século XV, na época era confluência que ligava Toledo a Atocha. Localizada no centro de Madrid, próxima da Porta do Sol e da Plaza de la Villa. A praça é retangular, com nove pórticos de entrada, possui 129 metros de comprimento e 94 m de largura.



Puerta del Sol – sua origem está relacionada com um dos acessos do muro que rodeava Madrid no século XV. O nome provém de um sol que adornava a entrada. É o local que marca o quilômetro zero das estradas do país. Entre os edifícios do passado constam a Igreja de Bom Sucesso e o Convento de São Felipe. 

Plaza de España – situada no centro da cidade, consta o monumento de homenagem ao romancista e poeta Miguel de Cervantes, com esculturas de Dom Quixote e Sancho Pança. Da praça sai a Gran Via, principal avenida.

Puerta de Alcalá – antigo portão de entrada de Madrid.

 
 


 

 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

TOLEDO (Espanha)


www.editorial-ledoria.com
www.toledocitytour.es

 Altitude: 529 metros.

A parte antiga da cidade está situada no topo de uma montanha, cercada em três lados, numa curva, pelo Rio Tejo.  
 
Toledo foi capital da Hispânia visigótica até o século VIII na ocasião da conquista moura da península Ibérica.

 Considerada Patrimônio da Unesco.
 

 

Os romanos, visigodos, mouros na Idade Média, cristãos, muçulmanos e judeus deixaram seus vestígios culturais.  A cidade tornou-se reconhecida pela tolerância religiosa, possuía comunidades de judeus e muçulmanos, até serem expulsos da Espanha em 1492.  

 Entre os séculos V e XVI trinta sínodos ocorreram. O último concílio ocorreu entre 1582 e 1583 conduzido por Filipe II da Espanha.

 No século XIII foi centro cultural, a escola de tradutores da cidade disponibilizou trabalhos acadêmicos e filosóficos originais em árabe e hebraico que foram traduzidos para o latim. 


 
 Comunidades religiosas diferentes conviviam na cidade, havia tolerância religiosa. Cristãos, muçulmanos e judeus habitavam na cidade, até que foram expulsos em 1492. Dentro da fortaleza, existe Catedral, Sinagoga Santa Maria La Blanca, Sinagoga de El Transito e a Mesquita de Cristo de la Luz.

 

 A cidade é famosa pela produção de aço, especialmente espadas, facas e facas e pequenas ferramentas.

 
 
 
Estação Ferroviária de Toledo - a distância entre Madrid e Toledo é de 73 quilômetros.




Ponte de Alcântara -  o nome provém do árabe al-Qantara, que significa ponte. Localizada sobre o Rio Tejo, no sopé do castelo de San Servando, de estilo romano, na Idade Média entrada forçada para peregrinos. É protegida por duas portas fortificadas nas extremidades.


 
Puerta de Bisagra - construída na época do Imperador Carlos V, ao realizar a ampliação e remodelação do Alcázar. Mais tarde foi novamente remodelada, a fachada contém duas torres semicirculares, sobremonta um escudo imperial esculpido em granito e coroado com águia de duas cabeças. Os árabes denominaram “Sagra”, quer dizer loira, talvez por causa de seu solo vermelho. A taifa toledana foi construída entre 1032-1044, obra muçulmana da primeira metade do século XI. A distância entre a Porta Nova e a Porta Velha  é de apenas 80 metros.


 

Puerta del Sol – construída entre 1375 e 1399, porta do mudéjar espanhol, fortaleza em harmonia. Um arco em ferradura foi adicionado no século XVI, acima um medalhão relativo a São Ildefonso, inscrito num triângulo, posteriormente pintado em ambos os lados um Sol e a Lua, motivo da alteração do nome de Portão de Ferraria para Porta do Sol, há cerca de 200 anos atrás.
 
Catedral – construída entre 1226 a 1493, em estilo gótico, possui 120 m de comprimento e 60 m de largura, composta por cinco naves, apoiadas por 88 colunas e 72 cúpulas. O altar Barroco é chamado El Transparente, através de uma fenda no teto penetra luz e faz com que o altar pareça estar se elevando aos céus. A Catedral possui mais de 750 vitrais. A fachada principal tem três portas: Porta do Perdão, Porta do Juízo Final e a Porta do Inferno.
 
                                       Catedral com a torre pontiaguda

 
 
Sinagoga Santa Maria La Blanca – construída no século XII como sinagoga, depois transformou-se em igreja católica. Arquitetura mudéjar, possui cinco naves com pilares octogonais que sustentam arcos em estilo ferradura, esculpidas. Existe o contraste entre a simplicidade exterior e a suntuosidade interior, conforme a tradição oriental. No século XV foi transformada numa igreja da Ordem de Calatrava. O cardeal Siliceo, em 1550, ocupou a igreja para conversão das prostitutas arrependidas. No século XVII foi ocupada como quartel. Após a guerra civil da Espanha, um decreto real do governo entrega para a Igreja Católica.

 

Sinagoga de El Transito – situada no bairro judeu, seu nome original era Sinagoga Samuel Ha-Levy. Como resultado da expulsão em 1492, passou para as mãos cristãs, convertida em igreja, mas preservadas as inscrições. O quadro principal, enquanto Igreja, foi Assunção o Trânsito da Virgem, daí a designação do nome.  Um uma sala ao lado do grande salão da Sinagoga foi instalado o Museo Sefardi, em 1964, para conservar o legado da cultura hispano-judia.

 Ermida de Cristo de la Luz – mesquita da época califal, aproximadamente do ano 1000 d.C. É a mesquita mais bem conservada das dez que existiram na época muçulmana na cidade. Foi depois transformada, ocorreu a construção de um abside na parte posterior, a fim de a reconverter em um templo de culto cristão na época de Afonso VII, e dedicada desde então à religião cristã.

 Casa-Museo de El Greco – a cidade foi residência do pintor no final de sua vida. Doménikos Theotokopoulos nasceu em Creta, produziu grande parte de seu trabalho em Toledo.


 

Igreja visigoda de San Roman – construída em estilo mourisco, no século XIII, no local onde existia uma antiga basílica visigótica. Atualmente abriga o Museu de Conselhos e Cultura visigótica.  A igreja tem três naves, separadas por arcos de ferradura sobre pilares em visigodo e colunas romanas.
 
Alcázar – palácio fortificado sobre rochas, situado na parte mais alta de Toledo. Da época visigótica nada existe, a não ser a porta de acesso é mantida SO período do tempo árabe de Abd-al-Rahman (835). Numa das salas subterrâneas, existe reproduzido o quarto de Da. Blanca, infeliz esposa de D. Pedro I, o Cruel, como memória dos dias tristes de sua prisão na fortaleza. Em 1810 o palácio foi incendiado pelas tropas de Napoleão.  

                       Alcázar é o monumento alto ao centro, ao lado está o Rio Tejo




Igreja Santo Tomé – pequena igreja em estilo mudéjar, abriga o quadro O Enterro do Conde de Orgaz, obra do pintor El Greco. O Senhor de Orgaz (que nunca teve o título de Conde), havia um legado em enviar dinheiro para ajudar o clero e os pobres da paróquia, a ser pago anualmente por moradores da cidade de Orgaz. O tempo passou, os vizinhos evitaram a acusação, o pastor entrou com uma ação e venceu, queria colocar na sepultura do caridoso D. Gonzalo Ruiz, uma imagem para lembrar a lenda piedosa.  
 
Museu de Santa Cruz – do século XVI. Originalmente era um hospital, transformada em museu no século XIX. O edifício tem uma cruz grega e quatro pátios. O museu possui dois andares.    

San Juan de Los Reys -  O mosteiro, de estilo gótico, foi construído entre 1477 a 1504, pelos Reis Católicos. Fundado pelo rei Fernando II de Aragão e a rainha Isabel I de Castela, para comemorar o nascimento do filho John e a vitória política na Batalha de Toro, em 1476, sobre o exército de Afonso V de Portugal, assegurando-lhes o trono e abrindo caminho para futuros reinos unidos da Espanha. Em 1504 foi dedicado a São João Evangelista para uso dos franciscanos frades. Em 1809 o mosteiro foi danificado pelas tropas de Napoleão. Foi restaurado pela ordem franciscana. A Igreja é de uma nave, quatro abóbodas, pilares e acesso ao cruzeiro, tribunas reais. Ao redor do pódio, as iniciais dos nomes reais, F e Y (Fernando e Ysabel). A igreja tem a forma da cruz latina, com braços curtos, nave alongada. O claustro tem um jardim pequeno, o teto do piso térreo é formado por abóbadas com figuras de santos e com desenhos de animais e plantas.

 



Baño de la Cava – pequena torre fortificada de origem árabe. Existe a lenda do amor entre o rei visigodo e a filha do governador de Ceuta, desencadeando a invasão muçulmana.

Castillo de San Servando -  erguido à margem do rio Tejo, o castelo remonta à construção de um mosteiro, em 1088. O edifício posteriormente foi convertido numa alcáçova, devido à ameaça muçulmana ao reino cristão. Com a expulsão definitiva dos muçulmanos da Península Ibérica, a antiga fortificação perdeu gradualmente a função defensiva.  Atualmente está restaurado e, após ter sido colégio menor, sede das Cortes de Castilla-La Mancha e residência universitária, encontra-se requalificado como albergue da juventude da Junta de Comunidades de Castilla-La Mancha e como local de realização de cursos e conferências. Do castelo avista-se panoramicamente a cidadela medieval de Toledo e do Rio Tejo.



 

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

ZARAGOZA (Espanha)


www.zaragoza.es/museos

          Altitude: 199 metros.

         O nome provém do topônimo romano, César Augusta, que recebeu em honra ao imperador romano César Augusto em 14 a.C. O termo Zaragoza deriva do árabe Sarakusta.
 
 
 
               
         Situada às margens do rio Ebro, no centro de um grande vale, com paisagem variada, de desertos (Las Bardenas), bosques densos, prados e montanhas.

         Distância de Madrid: 300 km.

         Basílica de Nossa Senhora do Pilar – www.basilicadelpilar.es  e www.cabildodezaragoza.org - catedral, considerada como um dos doze tesouros da Espanha. Início da construção é do século séc. XVII. Templo barroco e centro de peregrinação. Reúne obras de diferentes épocas. Os frescos da abóboda do coreto e a cúpula foram pintados por Goya.

 
 
 

         Torreón de la Zuda – antiga sede dos governadores muçulmanos, ergueu-se próximo com os torreões da muralha romana. Após a reconquista foi palácio residencial dos monarcas aragoneses até o século XIII. A partir do século XIV foi sede do Castellán de Amposta, máximo representante da hierarquia do hospital na Coroa de Aragão. Atualmente funciona como posto de turismo municipal.

         Lonja dos Mercadores – construída durante os anos de 1541-1551, arquitetura renascentista aragonesa, apresenta linhas do século XV e florentinas, destacando no exterior o beiral e a sucessão de arcos e, no interior, um grande salão com colunas de anéis e abóbadas de cruzaria estrelada. Nas últimas décadas utilizada como sala de exposições municipais.

         Ponte de Pedra - estilo gótico, sobre o rio Ebro, a ponte mais antiga que se conserva sobre este rio. Devido às cheias, foi restaurada várias vezes, destacam-se quatro novos leões em bronze.
 
 

         Palácio da Aljafería – www.cortesaragon.es - construído no séc. XI., palácio fortificado, foi residência dos reis hudes, reflete o esplendor do reino taifa de Zaragoza. É testemunho da arquitetura islâmica espanhla da época das Taifas.

         Teatro Principal – www.teatroprincipalzaragoza.cominaugurado em 1799. Passou por várias reformas, uma delas foi inspirado no modelo de planta do Scala de Milão. 

         Igreja de San Pablo – construída para substituir a antiga ermida românica de San Blas, que tinha ficado pequena devido ao crescimento do bairro, torna-se presente o valioso testemunho mudéjar. Destaca-se a torre ou campanário da planta octogonal e no interior o Retábulo Mor (séc. XVI).

          Muralhas de Caesaraugusta – construída no século III, possui 80 metros de comprimento, é o maior vestígio conservado da muralha. O muro foi mantido como defesa durante o período visigodo e muçulmano.
 
 
 
          Câmara Municipal - palácio renascentista, articula em torno de um grande pátio interior aberto. Destacam-se o beiral aragonês e as esculturas representando San Valero e o Anjo Custódio da cidade e os lados da porta principal.
 

 
 
         Museu do Foro de Caesaraugusta – o museu oferece visão da vida cotidiana no passado no seu primeiro século de existência.  Os restos arqueológicos pertencem a um mercado da época do imperador Augusto e ao foro urbano edificado no tempo de Tibério, o seu sucessor.
 
 

         Museu das Termas Públicas de Caesaraugusta – entre o espaço do foro e o teatro, foram construídas termas públicas, do século I a.Cao início do século IV d.C. Conservam-se restos de umas latrinas.

         Museu do Teatro de Caesaraugusta – um dos maiores da Hispânia romana, tinha capacidade de 6000 espectadores, aproximadamente. Construção iniciada na época de Tibério prolongada até o império de Cláudio. O teatro foi mantido até o século III d.C.

         Mercado Central – construído em 1902, no mesmo local que ocupava o mercado da cidade desde o século XIII. Foram utilizados, além do tijolo e da pedra, outros materiais, como o ferro e o vidro, resultando um edifício onde se fundem tradição e modernidade. Atualmente mantém a função de mercado.

         Alma de Ebro – nome da esculturacom motivo da Exposição Internacional de Zaragoza, com 11 metros de altura, formado por letras brancas que convida o expectador a refletir e “olhar para dentro”.  A estrutura é oca feita de letras soldadas que se concebem como uma metáfora do ser humano e da água.
 
 

         Aquário Fluvial www.acuariodezaragoza.com – maior aquário de água doce da Europa e terceiro do mundo, possui aproximadamente 5000 exemplares de 300 espécies de diversos rios do mundo, distribuídos em 60 aquários e terrários. Divulga no percurso natural por cinco grandes rios do mundo: Mekong (Ásia), Nilo (África), Amazonas (Ammérica), Darling-Murry (Oceâsnia) e Ebro (Europa).

 



Prédios e parque construídos para a Expo de Zaragoza 2008

  




Nas ruas de pedestres de São Miguel ou em torno da Plaza de los Sítios existem lojas, mercados, etc.