quinta-feira, 23 de outubro de 2014

TOLEDO (Espanha)


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 Altitude: 529 metros.

A parte antiga da cidade está situada no topo de uma montanha, cercada em três lados, numa curva, pelo Rio Tejo.  
 
Toledo foi capital da Hispânia visigótica até o século VIII na ocasião da conquista moura da península Ibérica.

 Considerada Patrimônio da Unesco.
 

 

Os romanos, visigodos, mouros na Idade Média, cristãos, muçulmanos e judeus deixaram seus vestígios culturais.  A cidade tornou-se reconhecida pela tolerância religiosa, possuía comunidades de judeus e muçulmanos, até serem expulsos da Espanha em 1492.  

 Entre os séculos V e XVI trinta sínodos ocorreram. O último concílio ocorreu entre 1582 e 1583 conduzido por Filipe II da Espanha.

 No século XIII foi centro cultural, a escola de tradutores da cidade disponibilizou trabalhos acadêmicos e filosóficos originais em árabe e hebraico que foram traduzidos para o latim. 


 
 Comunidades religiosas diferentes conviviam na cidade, havia tolerância religiosa. Cristãos, muçulmanos e judeus habitavam na cidade, até que foram expulsos em 1492. Dentro da fortaleza, existe Catedral, Sinagoga Santa Maria La Blanca, Sinagoga de El Transito e a Mesquita de Cristo de la Luz.

 

 A cidade é famosa pela produção de aço, especialmente espadas, facas e facas e pequenas ferramentas.

 
 
 
Estação Ferroviária de Toledo - a distância entre Madrid e Toledo é de 73 quilômetros.




Ponte de Alcântara -  o nome provém do árabe al-Qantara, que significa ponte. Localizada sobre o Rio Tejo, no sopé do castelo de San Servando, de estilo romano, na Idade Média entrada forçada para peregrinos. É protegida por duas portas fortificadas nas extremidades.


 
Puerta de Bisagra - construída na época do Imperador Carlos V, ao realizar a ampliação e remodelação do Alcázar. Mais tarde foi novamente remodelada, a fachada contém duas torres semicirculares, sobremonta um escudo imperial esculpido em granito e coroado com águia de duas cabeças. Os árabes denominaram “Sagra”, quer dizer loira, talvez por causa de seu solo vermelho. A taifa toledana foi construída entre 1032-1044, obra muçulmana da primeira metade do século XI. A distância entre a Porta Nova e a Porta Velha  é de apenas 80 metros.


 

Puerta del Sol – construída entre 1375 e 1399, porta do mudéjar espanhol, fortaleza em harmonia. Um arco em ferradura foi adicionado no século XVI, acima um medalhão relativo a São Ildefonso, inscrito num triângulo, posteriormente pintado em ambos os lados um Sol e a Lua, motivo da alteração do nome de Portão de Ferraria para Porta do Sol, há cerca de 200 anos atrás.
 
Catedral – construída entre 1226 a 1493, em estilo gótico, possui 120 m de comprimento e 60 m de largura, composta por cinco naves, apoiadas por 88 colunas e 72 cúpulas. O altar Barroco é chamado El Transparente, através de uma fenda no teto penetra luz e faz com que o altar pareça estar se elevando aos céus. A Catedral possui mais de 750 vitrais. A fachada principal tem três portas: Porta do Perdão, Porta do Juízo Final e a Porta do Inferno.
 
                                       Catedral com a torre pontiaguda

 
 
Sinagoga Santa Maria La Blanca – construída no século XII como sinagoga, depois transformou-se em igreja católica. Arquitetura mudéjar, possui cinco naves com pilares octogonais que sustentam arcos em estilo ferradura, esculpidas. Existe o contraste entre a simplicidade exterior e a suntuosidade interior, conforme a tradição oriental. No século XV foi transformada numa igreja da Ordem de Calatrava. O cardeal Siliceo, em 1550, ocupou a igreja para conversão das prostitutas arrependidas. No século XVII foi ocupada como quartel. Após a guerra civil da Espanha, um decreto real do governo entrega para a Igreja Católica.

 

Sinagoga de El Transito – situada no bairro judeu, seu nome original era Sinagoga Samuel Ha-Levy. Como resultado da expulsão em 1492, passou para as mãos cristãs, convertida em igreja, mas preservadas as inscrições. O quadro principal, enquanto Igreja, foi Assunção o Trânsito da Virgem, daí a designação do nome.  Um uma sala ao lado do grande salão da Sinagoga foi instalado o Museo Sefardi, em 1964, para conservar o legado da cultura hispano-judia.

 Ermida de Cristo de la Luz – mesquita da época califal, aproximadamente do ano 1000 d.C. É a mesquita mais bem conservada das dez que existiram na época muçulmana na cidade. Foi depois transformada, ocorreu a construção de um abside na parte posterior, a fim de a reconverter em um templo de culto cristão na época de Afonso VII, e dedicada desde então à religião cristã.

 Casa-Museo de El Greco – a cidade foi residência do pintor no final de sua vida. Doménikos Theotokopoulos nasceu em Creta, produziu grande parte de seu trabalho em Toledo.


 

Igreja visigoda de San Roman – construída em estilo mourisco, no século XIII, no local onde existia uma antiga basílica visigótica. Atualmente abriga o Museu de Conselhos e Cultura visigótica.  A igreja tem três naves, separadas por arcos de ferradura sobre pilares em visigodo e colunas romanas.
 
Alcázar – palácio fortificado sobre rochas, situado na parte mais alta de Toledo. Da época visigótica nada existe, a não ser a porta de acesso é mantida SO período do tempo árabe de Abd-al-Rahman (835). Numa das salas subterrâneas, existe reproduzido o quarto de Da. Blanca, infeliz esposa de D. Pedro I, o Cruel, como memória dos dias tristes de sua prisão na fortaleza. Em 1810 o palácio foi incendiado pelas tropas de Napoleão.  

                       Alcázar é o monumento alto ao centro, ao lado está o Rio Tejo




Igreja Santo Tomé – pequena igreja em estilo mudéjar, abriga o quadro O Enterro do Conde de Orgaz, obra do pintor El Greco. O Senhor de Orgaz (que nunca teve o título de Conde), havia um legado em enviar dinheiro para ajudar o clero e os pobres da paróquia, a ser pago anualmente por moradores da cidade de Orgaz. O tempo passou, os vizinhos evitaram a acusação, o pastor entrou com uma ação e venceu, queria colocar na sepultura do caridoso D. Gonzalo Ruiz, uma imagem para lembrar a lenda piedosa.  
 
Museu de Santa Cruz – do século XVI. Originalmente era um hospital, transformada em museu no século XIX. O edifício tem uma cruz grega e quatro pátios. O museu possui dois andares.    

San Juan de Los Reys -  O mosteiro, de estilo gótico, foi construído entre 1477 a 1504, pelos Reis Católicos. Fundado pelo rei Fernando II de Aragão e a rainha Isabel I de Castela, para comemorar o nascimento do filho John e a vitória política na Batalha de Toro, em 1476, sobre o exército de Afonso V de Portugal, assegurando-lhes o trono e abrindo caminho para futuros reinos unidos da Espanha. Em 1504 foi dedicado a São João Evangelista para uso dos franciscanos frades. Em 1809 o mosteiro foi danificado pelas tropas de Napoleão. Foi restaurado pela ordem franciscana. A Igreja é de uma nave, quatro abóbodas, pilares e acesso ao cruzeiro, tribunas reais. Ao redor do pódio, as iniciais dos nomes reais, F e Y (Fernando e Ysabel). A igreja tem a forma da cruz latina, com braços curtos, nave alongada. O claustro tem um jardim pequeno, o teto do piso térreo é formado por abóbadas com figuras de santos e com desenhos de animais e plantas.

 



Baño de la Cava – pequena torre fortificada de origem árabe. Existe a lenda do amor entre o rei visigodo e a filha do governador de Ceuta, desencadeando a invasão muçulmana.

Castillo de San Servando -  erguido à margem do rio Tejo, o castelo remonta à construção de um mosteiro, em 1088. O edifício posteriormente foi convertido numa alcáçova, devido à ameaça muçulmana ao reino cristão. Com a expulsão definitiva dos muçulmanos da Península Ibérica, a antiga fortificação perdeu gradualmente a função defensiva.  Atualmente está restaurado e, após ter sido colégio menor, sede das Cortes de Castilla-La Mancha e residência universitária, encontra-se requalificado como albergue da juventude da Junta de Comunidades de Castilla-La Mancha e como local de realização de cursos e conferências. Do castelo avista-se panoramicamente a cidadela medieval de Toledo e do Rio Tejo.