A origem do nome Antuérpia, segundo a lenda, deriva de um gigante mítico denominado Antigoon, que habitava perto do rio Escalda. Para atravessar o rio, ele cobrava um valor, quem se recusava pagar, ele cortava uma das mãos e atirava no rio. Um dia, um herói e jovem chamado Brabo cortou a mão do gigante e jogou no rio. Considera-se Ant, a inicial de Antigoon e werpen, palavra holandesa que significa arremessar.
No século VII, St. Eloi, St. Amand e St. Willibrord chegaram a Antuérpia pelo rio Schelde, com a missão de evangelizar e converter o povo ao Cristianismo.
A cidade foi destruída pelos Normandos. No século XIII havia sido reconstruída, prosperou e cresceu.
Localizada na região de Flandres, às margens do Rio Escalda. Em 1567 tropas espanholas saquearam a cidade. Atacada novamente em 1584, sendo forçada a render-se aos espanhóis em 1585. Após, criaram boulevares que substituíram as muralhas que circundavam Antuérpia.
Uma maneira prática de conhecer a cidade é chegar pela Estação de trem. A estação foi eleita uma das mais bonitas do mundo, segundo a revista Newsweek, em 2009. Conhecida como Middenstatie, foi construída em 1905, feita de aço e pedra, coberta por uma cúpula envidraçada. É uma estação imponente que demostra a grandeza da cidade no passado, um dos centros artísticos e econômicos da Europa.
Desde 1933 a ligação é feita por túneis para pedestres e veículos.
Antuérpia é a segunda maior cidade do país, com o principal porto, às margens do rio Escalda. As eclusas do Mar do Norte formam o maior complexo de eclusas marítimas do mundo.
Importante centro mundial de lapidação de diamantes, que é tradicional e maior indústria da cidade.
População: cerca de 507 mil habitantes.
Catedral de Notre Dame – (www.dekathedraal.be) - entre 1350 e 1520
foi erguida a maior igreja gótica dos Países Baixos. Originalmente com cinco naves,
depois acrescentaram mais duas. Possui uma torre de 123 m e em seu interior
obras de Rubens, destacando-se a “Descida da Cruz”, a “Elevação da Cruz (1610)
e a “Assunção”. Em 1533 sofreu danos devido a um incêndio e em 1566 e 1581 foi
saqueada e estragada durante as iconoclasias. Em 1794 sofreu confisco por parte
dos revolucionários franceses. Após a queda da Antuérpia em 1585 foi decorada
em estilo barroco. Ao final do século XVIII
e começos do século XIX, depois do período francês foi a decoração estilo
neo.
Ao entrar na igreja, do lado esquerdo, existe nove confessionários em madeira esculpida (1667-1737), o conjunto procede da Abadia cisterciense de San Bernardo em Hemiksem. Como o púlpito, as obras foram colocadas na Catedral após a Revolução Francesa. Os doze apóstolos são acompanhados por um número igual de figuras femininas que são uma evocação do processo de conversão, que varia de arrependimento através da confissão e alcançar serenidade.
Igreja de São Paulo (1530-1571)
- faz
parte do antigo mosteiro Dominicano, edifício gótico, contém obras de Caravaggio e Van Dyck . Os 15
mistérios do Rosário foram pintados no início do século XVII por onze mestres
de pintura da Escola de Rubens.
Museu Casa de Rubens - Petrus Paulus
Rubens (1577-1640) viveu a maior parte da sua vida nessa cidade, nasceu e
faleceu em Antuérpia. Em 1610 comprou a propriedade na qual estabeleceu
residência e estúdio, viveu e trabalhou aí até falecer. Uma das alas foi
construída em estilo Renascença tradicional, e outra tem desenho Barroco.
Anthony van Dyck,
pintor flamengo, nasceu em 1599 na cidade, faleceu em Londres em 1641.
O Stadhuis (1561-1565) - palácio
municipal, monumento da Renascença.
Igreja de São Tiago, a
Jacobriskerk (1491-1656), onde está o túmulo de Rubens. Personificações
alegóricas ornamentam o púlpito e as estátuas de santos, em particular de São
Benedito.
A Ubeschhuis, a Casa dos Açougueiros
(1500-1503).
Igreja São Carlos Borromeu (1605-1621)
– construída pela ordem dos jesuítas, estilo barroco.
Igreja de St. Jacob – estilo
gótico, construída em calcário branco. Petrus Paulus Rubens está
sepultado nesta igreja.
Museu Real de Belas Artes (1850)
– obras dos mestres flamengos, possui também jóias e tecidos.
Museu Meyer van den Bergh
(1904)
Museu
Plantin-Moretus (1876).