quinta-feira, 25 de julho de 2013

TRIER (Alemanha)



         Fundada no século 16 a.C.
Trebeta  (Trever ou Treiber), considerado o lendário fundador da cidade, acordo com o Gesta Treverorum. Dizia ser filho de Ninus (rei da Assíra), mas  não do casamento de Ninus com a rainha Semiramis. Após a morte de Ninus, a rainha Semiramis o desprezou. Trebeta viajou para a Europa,  por algum tempo perambulou, após, liderou um grupo de colonizadores na região de Trier. Depois de sua morte, a imagem de Trebeta tornou-se um ícone. A cidade teve o nome de Augusta Treverorum, uma homenagem ao imperador Augusto.

 Nos séculos II e IV Trier sediou o império e foi capital da província romana da Gallia Bélgica. Trier teve na sua construção a influência de  diversos imperadores romanos, depois bispos, príncipes e cidadãos.



No século V foi destruída por tribos germânicas. A cidade não conseguiu recuperar a importância do passado. No século XVII tinha apenas 3.600 habitantes. Atualmente população aproximada de 105 mil.
        
Diversos monumentos arquitetônicos foram incluídos no Patrimônio Mundial da Humanidade, em 1986.

         Considerada uma das cidades mais antigas da Alemanha, está situada às margens do Rio Mosela.  Localizada num vale entre colinas, na região vinícola de Mosel e de arenito corado. A cidade possui bons restaurantes, com vinhos especiais dos produtores  da região do Mosel.

         Trier é a terra natal de Karl Marx, nasceu em 1818 e faleceu em  Londres em 1883).




Porta Nigra – (séc. III), antigo portal romano. Na Idade Média foi dado o nome de Portão Negro por motivo das pedras escurecidas pelo tempo. Possui 36 m de comprimento, 21,5 de largura e 30 m de altura, seu tamanho impressiona, é o monumento de defesa mais antigo da Alemanha. A estrutura é composta de blocos de arenito, presos por barras de ferro, sem argamassa. Duas passagens permitem entrar no pátio interno. No século XII a construção (dois andares) foi transformada na Igreja de São Simeão, o que permaneceu até o início do século XIX.




Termas:

- Kaiserthermen – as termas imperiais foram construídas no início do século IV, durante o reinado de Constantino. As ruínas ainda possuem desenhos e estrutura originais. As paredes do caldarium (sala com a piscina de água quente) são as mais preservadas; depois o tepidarium (termas mornas). O frigidarium (era usado para os banhos frios) e a palaestra (área externa para exercícios). Outra parte é o hypocaustum (sistema de aquecimento), o ar era aquecido por fornalhas e conduzido por baixo do piso.










- Barbaratherme – erguidas no século II d.C., fica perto da ponte romana sobre o rio Mosela. Na superfície restam poucos vestígios, mas o sistema subterrâneo de canais de aquecimento, chamado de hypocaustum mostra o tamanho original deste complexo de termas públicas. Na Idade Média as termas foram transformadas em residência pelos patrícios e aristocratas. 

- Therm am Viehmarkt  - banhos de mercado de gado – os romanos iniciaram a construção cerca de 80, foi intenso o uso do balneário nos séculos III e IV, banho complexo romano de origem, perto do Fórum da cidade romana, a Augusto Treverorum. Com o declínio da Trier romano, os banhos não eram mais usados e caiu ao longo dos séculos. Nos séculos XVII e XVIII a Ordem dos Capuchinhos construíram alguns edifícios no lado oriental da ruína. A partir de 1802 ocorreu a dissolução do mosteiro.

Anfiteatro – perto das termas imperiais, as ruínas do anfiteatro romano, do século I d.C., local onde ocorriam as lutas de gladiadores e competições de animais

Dom St. Peter – uma das mais antigas da Alemanha, construída no início do séc. XI, no local de uma antiga igreja do séc. IV, foi levantada em várias etapas. Possui a forma de basílica com nave tripla, dois coros, transepto e seis torres.

Liebfrauenkirche – próxima da catedral está a Igreja de Nossa Senhora, contruída entre 1235 e 1260. A planta foi baseada na cruz grega. O interior possui relíquias com afrescos do séc. XV pintados em doze colunas, simbolizando os apóstolos.

Haupmarkt – (séc. X) – praça do mercado. A Marktkreuz, que traduz por cruz do mercado, é o símbolo do direito conquistado pela cidade de sediar feiras. Atualmente existe uma cópia da cruz sobre uma coluna romana de granito. Na praça, lado sudeste, está a Petrusbrunnen (fonte de são Pedro), de 1595, com esculturas de São Pedro e das Quatro Virtudes. A Steipe fica a sudoeste, construída no século XV, um frontão em degraus, originalmente usada pelos conselheiros da cidade como casa de hóspedes e sala de banquetes. Ao lado está a Rotes Haus (casa vermelha), estilo barroco, de 1683.

                                                             Cruz do mercado

                                                                        Steipe



Judengasse – rua dos judeus

Römerbrücke (Ponte Romana) - construída no século II pelos romanos, situada sobre o rio Mosel, a mais antiga ponte do país que está em pé.





Basilika und Kurfürstliches Schloss -  erguida por volta de 305, com 67m, como salão do trono do imperador romano Constantino. No séc. XII foi residência para os arcebispos eleitores. No séc. XVI uma parte foi incorporada a um castelo renascentista.  Depois foi transformada em palácio barroco. O tímpano central apresenta Pomona (deusa dos pomares e da abundância, às vezes confundida por Deméter, deusa da agricultura), Vênus (deusa do amor e beleza), Apolo (deus do Sol e patrono da verdade) e anjos.  Hoje é igreja protestante.



Palast-garten - Palácio Eleitoral - até 1794 foi residência dos eleitores de Trier, ou seja, os arcebispos de Trier. 




                                                          Jardins do palácio

Pfarrkirche St. Mathias - construída no século V. Entre os séculos X e XI foi erguida uma nova igreja para abrigar no sacrário as relíquias de São Matias (apóstolo). As relíquias foram descobertas em 1127. No final do século XV as abóbodas góticas foram acrescentadas. A Abbey St. Mathias é um mosteiro beneditino, a abadia tem sido centro de peregrinação.

Kirche St. Maximin – a igreja atual foi erguida no século XIII sobre as antigas fundações da construção anterior, a Abadia de São Maximino.  

Kirche St. Paulinus – construída no século XII sobre as fundações de uma capela cristá. Em 1674 foi incendiada pelo exército francês. São Paulino, seu padroeiro e bispo em Trier, foi um dos poucos a manifestar sua oposição ao credo ariano do imperador Constantino II, pelo qual o regente negava a divindade de Cristo e se autoproclamava a imagem de Deus. Paulino não morreu como um mártir, mas foi exilado na Frígia (hoje parte da Turquia), onde morreu em 358. Atualmente a arquitetura é rococó.  

Aula Palatina – saguão palatino, de 310, de forma alongada e retangular, contruída de tijolos. Mede 67 metros de comprimento, 27,5m de largura e 30m de altura. O trono do imperador romano situava na abside semicircular. Foi saqueada e parte destruída pelas tribos germânicas. No séc. XII a abside foi transformada em torre para o uso do arcebispado. Durante a invasão de Napoleão e dos prussianos, o local foi alojamento militar. Foi reconstruída pelo rei Frederico Guilherme IV, atualmente é igreja protestante de São Salvador.  

Bischöfliches Dom- und Diözesanmuseum – (séc. XIX) – localizado próximo da catedral, foi uma prisão prussiana. Atualmente contém acervo de arte da diocese.

Rheinisches Landesmuseum – www.landesmuseum-trier.de - do ano de 1877, o acervo divide-se em: ala pré-histórica, romana, francônia-merovíngia e medieval a contemporânea. Os destaques são: mosaico de Baco, originário de uma mansão romana e a estatueta de uma ninfa.

Stadtmuseum Simeonstift – museu sobre a história de Trier.

Abadias – Na Idade Média a cidade contava com quatro abadias. A abadia de São Maximino foi fundada no local de sepultamento do seu santo padroeiro, morto em 325.

Karl Marx Haus –      casa natal do pensador e filósofo Karl Marx museu localizado na casa onde Marx nasceu, abriga a  história pessoal de Marx, com letras originais, fotografias com dedicatórias, poesias e documentário.