sábado, 15 de novembro de 2014

ALCOBAÇA (Portugal)

 

                                      QUANTAS vezes a memória
                                      Para fingir que inda é gente,
                                      Nos conta uma grande história
                                      Em que ninguém está presente
                                                                  (Fernando Pessoa)

 
          Situada na confluência dos rios Alcoa e Baça, no litoral centro de Portugal.  População estimada em 14000 habitantes. Distante 92 km de Lisboa. Sede de um município subdividido em 13 freguesias.

          O nome Alcobaça provém da aglutinação dos rios Alcoa e Baça. A cidade é conhecida pelo mosteiro cisterciense.

O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça é Patrimônio Mundial da Unesco, de arquitetura gótica, acentuada pelas linhas das paredes que formam as abóbodas em arcos quebrados. A planta é o formato de cruz latina.



 


A Igreja do mosteiro é do século XII. A fundação da abadia foi inaugurada pelo primeiro rei português na tomada de Santarém aos mouros. Dom Afonso Henriques concedeu aos monges da Ordem de Cister as terras circundantes. A abadia foi criada em 1152. As obras duraram seis séculos.

 A nave central é a maior construída pela ordem desses monges, com 19 m de largura e 17 de altura.



Um claustro serve de centro para a igreja, oficinas, casa do capítulo, cozinha e refeitório.






                   Claustro dos Noviços ou do Cardeal
    
                                                                
 

 
         O castelo de Alcobaça – a construção primitiva é indefinida, pode ter sido pela ocupação visigótica ou pela muçulmana devido a uma torre albarrã. Em 1148 foi tomado pelo rei D. Afonso Henriques. As terras foram doadas aos monges da Ordem de Cister em 1153 para que povoassem e defendessem, ano em que foi fundado o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça.


 
         Em 1191 e 1195 a região foi atacada pelos mouros. Reconquistada por Sancho I de Portugal devolvendo as terras aos monges de Cister. 

 

         O castelo encontrava-se abandonado e foi reconstruído pela Ordem. Passou a integrar na linha de defesa de Lisboa, juntamente com o Castelo de Leiria, Castelo de Pombal e Castelo de Óbidos.      Os monges se desenvolveram a vitivinicultura e a enologia, tornando-se referência gastronômica. Em 1422 o castelo foi danificado por terremoto. Ocorreram obras de reconstituição. Em 1627 a torre a leste passa a ser utilizada como cadeia. Em 1755 ocorreu outro terremoto.

          No local encontra-se o sarcófago de Pedro I e Inês da Castro.


 

         Em 1834 o Mosteiro foi extinto e o castelo passou para a posse da Câmara Municipal de Alcobaça.   Parte da biblioteca, com mais de 100.000 tomos e manuscritos foi salva do saque e incêndio dos franceses e saque dos portugueses durante as guerras liberais. Atualmente estão preservados na Biblioteca Pública de Braga e na Biblioteca Nacional de Lisboa.       Em 1978 através de Decreto tornou-se Imóvel de Interesse Público.

 
 
Museu e fábrica da Atlantis – situada na região da Marinha Grande, produção de vidros e cristais de Portugal.
 
         Ginja de Alcobaça – licor de processo artesanal de ginjas frescas.

         Prato típico da região é o frango na púcara: frango guisado aos pedaços com molho de receita secreta, inclui cebolinho, acompanhado de arroz branco e batatas fritas. Nos doces, encontramos trouxas de ovos, delícias de Frei João e Pudim de ovos do mosteiro de Alcobaça.