QUANTAS vezes a memória
Para
fingir que inda é gente,Nos conta uma grande história
Em que ninguém está presente
(Fernando Pessoa)
Situada na confluência dos rios Alcoa e
Baça, no litoral centro de Portugal. População
estimada em 14000 habitantes. Distante 92 km de Lisboa. Sede de um município
subdividido em 13 freguesias.
O nome Alcobaça provém da aglutinação dos rios
Alcoa e Baça. A cidade é conhecida pelo mosteiro cisterciense.
O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça é Patrimônio Mundial da Unesco, de arquitetura gótica, acentuada pelas linhas das paredes que formam as abóbodas em arcos quebrados. A planta é o formato de cruz latina.
A Igreja do mosteiro é do século XII. A fundação da
abadia foi inaugurada pelo primeiro rei português na tomada de Santarém aos mouros.
Dom Afonso Henriques concedeu aos monges da Ordem de Cister as terras
circundantes. A abadia foi criada em 1152. As obras duraram seis séculos.
A nave central é a maior construída pela ordem desses monges, com19 m
de largura e 17 de altura.
Um claustro serve de centro para a igreja, oficinas, casa do capítulo, cozinha e refeitório.
Claustro dos Noviços ou do Cardeal
A nave central é a maior construída pela ordem desses monges, com
Um claustro serve de centro para a igreja, oficinas, casa do capítulo, cozinha e refeitório.
O castelo de Alcobaça – a construção
primitiva é indefinida, pode ter sido pela ocupação visigótica ou pela
muçulmana devido a uma torre albarrã. Em 1148 foi tomado pelo rei D. Afonso
Henriques. As terras foram doadas aos monges da Ordem de Cister em 1153 para
que povoassem e defendessem, ano em que foi fundado o Mosteiro de Santa Maria
de Alcobaça.
Em 1191 e 1195 a região foi atacada
pelos mouros. Reconquistada por Sancho I de Portugal devolvendo as terras aos
monges de Cister.
O castelo encontrava-se abandonado e
foi reconstruído pela Ordem. Passou a integrar na linha de defesa de Lisboa,
juntamente com o Castelo de Leiria, Castelo de Pombal e Castelo de Óbidos. Os monges se desenvolveram a
vitivinicultura e a enologia, tornando-se referência gastronômica. Em 1422 o
castelo foi danificado por terremoto. Ocorreram obras de reconstituição. Em 1627 a torre a leste passa a
ser utilizada como cadeia. Em 1755 ocorreu outro terremoto.
No local encontra-se o sarcófago de Pedro I e Inês da Castro.
Em 1834 o Mosteiro foi extinto e o
castelo passou para a posse da Câmara Municipal de Alcobaça. Parte da biblioteca, com mais de 100.000
tomos e manuscritos foi salva do saque e incêndio dos franceses e saque dos
portugueses durante as guerras liberais. Atualmente estão preservados na
Biblioteca Pública de Braga e na Biblioteca Nacional de Lisboa. Em 1978 através de Decreto tornou-se
Imóvel de Interesse Público.
Museu e fábrica da Atlantis – situada na região da Marinha Grande, produção de vidros e cristais de Portugal.
Prato típico da região é o frango na
púcara: frango guisado aos pedaços com molho de receita secreta, inclui
cebolinho, acompanhado de arroz branco e batatas fritas. Nos
doces, encontramos trouxas de ovos, delícias de Frei João e Pudim de ovos do
mosteiro de Alcobaça.