sexta-feira, 27 de julho de 2012

NORUEGA

                                    
http://www.norge.no/

Forma de governo: monarquia
Sistema de governo: parlamentarismo
Moeda: coroa norueguesa

           
           O nome Noruega significa “caminho do norte”. Está relacionada com um dos itinerários marítimos utilizados pelos povos que habitavam a região. O início das expedições marítimas, entre os anos 800 e 1050, com finalidades de pilhagem e de conquista, marca o período dos navegadores vikings.

            A Noruega ocupa a faixa ocidental da Península Escandinava e um grande número de ilhas. A costa é extensa e recortada por grande número de fiordes. O sol da meia-noite é visível em Nordkapp (cabo Norte), de 15 de maio até 31 de julho, aproximadamente. As pradarias e as florestas de pinheiros cobrem as partes baixas do país; nos planaltos a floresta de coníferas cede lugar às turfeiras e tundras. O rio Glomma é o maior da Noruega. O maior lago é o Mijösa.

            A população é homogênea. A minoria mais relevante é constituída por lapões. O idioma norueguês tem duas formas:
I) bokmal (língua dos livros), usado por 80% da população e resultou da forte influência do dinamarquês, depois de cinco séculos de ocupação;
II) nynorks (neonorueguês) surgiu no séc. XIX como conseqüência do renascimento nacionalista. É construído com base nos dialetos noruegueses do oeste do país.

            Os “lapões” ou “samis” habitam o norte da Península Escandinava – na Finlândia, Suécia, Rússia e principalmente na Noruega. Embora de origem nômade, hoje apenas um terço dos lapões mantém esse sistema de vida. Suas principais ocupações são a criação de renas, que lhes dá alimento e vestuário.


                                                               Interior da Noruega





            A Noruega é o país mais desenvolvido do mundo, de acordo com o IDH, e o quinto segundo o PIB por habitante. O país oferece uma das melhores qualidades de vida do mundo. O ensino é gratuito em todos os níveis e obrigatório a todas as crianças de 7 a 16 anos.

            O país possui depósitos petrolíferos, carvão, minério de ferro, iferrotitânio, zinco, chumbo, cobre e alumínio. A construção naval é uma das mais importantes do globo. A pesca é desenvolvida, incluindo bacalhau, arenque e cavalas. Apenas 3% da área total pode ser cultivada, a agricultura desempenha papel mínimo na economia. A atividade pecuária é variada: bois, porcos, ovelhas e aves e, na zona ártica, renas, bisões e raposas.





                                                           Decoração do restaurante



A Igreja Evangélica Luterana é a Igreja de Estado. O clero é nomeado pelo rei. Existem pequenos grupos de ortodoxos gregos, presbiteriano, metodistas, batistas, pentecostais, testemunhas de Jeová e judeus.






                                                           Interior da Noruega




ARTE – nos séculos V-VII, arte do paganismo nórdico, ornamentação gravada ou estampada sobre metal fundido, decora os objetos com motivos geométricos, ligados a figura de animais. Importante aspecto da arte viking são os motivos zoomórficos empregados na ornamentação de objetos e de superfícies.

A partir do séc. XIV são construídas mais de mil igrejas de madeira que oferecem a particularidade de não terem fundações e de possuírem um teto independente, que não repousa sobre as paredes, mas sobre uma ou várias alas de pilares interiores. Essa arquitetura origina-se provavelmente das construções das assembléias nórdicas e dos templos dos cultos pagãos.

Destacam-se:

- Edvard Munch (1863-1944), pintor expressionista e simbolista, autor do célebre óleo “O grito”.
- Henrik Johan Ibsen (1828-1906), dramaturgo que abordou com realismo temas sociais e psicológicos.
- Edvard Grieg (1843-1907), compositor que se destacou por suas peças breves, autor de “Peer Gynt”.



                                                   Casa e Museu de Grieg

- Gustav Vigeland, escultor e gravador norueguês (1869-1943). Sua arte foi objeto de calorosas polêmicas, desde a apresentação de um esboço para uma fonte monumental em Oslo, em 1900











           
FIORDES:

            Durante as glaciações do Período Quaternário, as geleiras escavaram os antigos vales fluviais da faixa costeira, dando origem aos fiordes. Toda costa é marcada por essas impressionantes línguas de mar, que penetram quilômetros e quilômetros terra adentro. O mais extenso fiorde é o Sognefjord, situado na costa central, avança 204 km e atinge 1300 m de profundidade. Outros fiordes: Lysefjord e Nordfjord.



                                         Lofthus -  Hardanger, Ullensvang

                                                                   Hardanger















                                                             Gudvangen


                                                             Geirangerfjord (Patrimônio Mundial)

                                              Geirangerfjord - As Sete Irmãs













Glaciar de Briksdal









Quedas de Steindalsfossen













Montanhas em neve








HISTÓRIA:

Monarquia hereditária, o poder da Noruega é dividido entre o rei (e seu conselho), o parlamento e a suprema corte de justiça. Constituição como país: século IX (unificação sob o rei Harald Harfage); 1905 (independência da Suécia). Os primeiros vestígios de vida datam dos séculos IX e VIII a.C., com a chegada das tribos germânicas. Os habitantes se instalaram à beira do lago e fiordes.

No final do século IX, o rei viking Harald Harfage constitui o Reino Unificado da Noruega e a região foi cristianizada. Era a época das incursões vikings, comerciantes, exploradores, que ampliaram o império norueguês.

Harald I Haarfager, ou Bela Cabeleira, primeiro rei de toda a Noruega, nasceu em 855 e morreu em 940. Lutas começaram quando Erik Blodöks, filho de Harald e futuro rei de York, na Inglaterra, se viu obrigado a abandonar o país, cerca de 945, em virtude de desavenças entre os irmãos. Seus filhos voltaram para reivindicar a herança paterna, derrotando Haakom I, irmão mais jovem de Erik. O primogênito dos novos conquistadores reinou sob o nome de Harald II Graafel, cerca de 970.

Entre os vikings que novamente atacaram a Inglaterra no fim do séc. X, encontravam-se dois descendentes de Harold I, os futuros reis da Noruega: Olavo I e Olavo II.

Olavo I, rei da Noruega, nasceu em 964 e morreu em 1000. Nasceu pouco depois de seu pai ter sido morto. Foi levado pela mãe, Astrid, para a Rússia, onde se criou na corte de Vladimir I, o Santo. Juntou aos grupos de vikings. Em 994 sitiou Londres e, rechaçado, saqueou o sudeste da Inglaterra. Grande guerreiro, foi soberano muito popular. Sua morte lançou a Noruega numa anarquia que durou 15 anos.  

                                                    Árvore bétula







Olavo II nasceu em 995 e faleceu em 1030. Tornou-se o primeiro rei a efetivamente exercer autoridade sobre toda a extensão da Noruega. Cristão fervoroso, organizou a Igreja, agindo com vigor e determinação. Em luta com Canuto, rei da Dinamarca e da Inglaterra foi forçado a refugiar-se na Rússia, em 1028, de onde regressou à frente de um exército para ser derrotado e morto na batalha de Stiklestad. Diversos milagres lhe foram atribuídos e Olavo passou a ser tido como Santo. Foi canonizado em 1164.

Canuto fez de seu filho Swein, rei da Noruega. Com a morte de Canuto, Swein abandonou o país e foi substituído no trono por Magno I, filho de Olavo II, ocupou o trono de 1066 a 1069. Outros reis que ocuparam o trono: Olavo III, de 1066 a 1093; Magno II, de 1093 a 1103; Eystein I, de 1103 a 1122; Sigurd I, de 1103 a 1130.


                                                                      Interior da Noruega






A história da Noruega na primeira metade do séc. XII é uma sucessão de guerras civis, de partilhas e intervenções estrangeiras. Os pretendentes à coroa se digladiavam mutuamente. Um cardeal inglês, futuro papa Adriano IV, cerca de 1100 a 1159 dirigiu o país no caminho da ocidentalização.



Em 1161, com apoio da Igreja, Magno V (1156-1184), foi elevado ao trono, com o título de rei “pela graça de Deus” e vassalo de santo Olavo, como símbolo da associação entre a coroa e a Igreja. O prestígio do clero ameaçava submeter a coroa aos bispos. A oposição cristalizou-se em torno de Sverre Sigurdsson (1151-1202), que à frente de um partido de descontentes, derrotou seus rivais e fundou uma espécie de monarquia militar, de sentimentos hostis para o episcopado e a aristocriacia.



                               Igrejas de madeira - o traço das igrejas em madeira,
                                       de corte peculiar, é único no mundo.                   


Haakon IV, o Velho e Magno VI (1238-1280) neto e bisneto de Sverre, restabeleceram o equilíbrio entre o altar e o trono. Esses dois monarcas foram os maiores reis da Noruega na Idade Média.

Haakon e Magno obtiveram o apoio da Igreja para transformar a Noruega em monarquia feudal. A aliança entre a Igreja e o Estado foi, porém, de breve duração. O alto clero, movido pela ambição, rompeu com o trono e procurou apoio em Roma.

Na decadência do império, o regime feudal, principalmente interessado em lutas terrestres, não pôde manter o domínio do mar.

Em 1349, a peste negra, proveniente da Inglaterra, vitimou mais da metade da população norueguesa, provocando o colapso da economia do país.


                                                                  Montanhas com neve





Haakon V (1270-1319), que não teve herdeiros masculinos, casou sua filha com um príncipe sueco. Dessa união nasceu Magno VII (1316-1374), que aos três anos de idade foi feito rei na Noruega (1319-1343) e da Suécia (1319-1363). Magno renunciou ao trono da Noruega em favor do seu filho Haakon VI (1340-1380) que veio a casar-se com Margarida, filha de Valdemar IV da Dinamarca. 

Olavo IV (1370-1387), filho único do casal, tornou-se rei da Dinamarca (1375-1387) e da Noruega (1380-1387). Em 1397, pela União de Kalmar, o rei sueco Erik foi eleito monarca da Escandinávia, unificando os reinos da Noruega, Suécia e Dinamarca em uma única Coroa. De 1442 a 1814 os reis da Dinamarca governaram a Noruega. A Noruega passou a fazer parte da Dinamarca

A constituição liberal da Noruega data do ano de 1814. A crise responsável pela ruptura da união entre a Dinamarca e a Noruega iniciou-se em 1807, durante as guerras napoleônicas. Quando o governo de Copenhague abandonou a neutralidade para se aliar ao imperador francês, a Noruega foi bloqueada pela esquadra inglesa e praticamente separada da Dinamarca.






                  Lago congelado derretendo na montanha com neve

Em 1537, o rei dinamarquês impôs o luteranismo, passou a ser a religião estatal do país. Depois das guerras napoleônicas, a Paz de Kiel (1814) impôs que a Dinamarca cedesse a Noruega para a Suécia.

Carlos XV (1826-1872) pretendeu reformar o Ato de União entre os dois países  para fortalecer os laços institucionais, mas não encontrou apoio na assembléia legislativa norueguesa.

A ruptura completa dos laços de união com a Suécia surgiu em 1905, quando a assembléia estabeleceu o serviço consular norueguês e o rei se recusou a sancionar a medida legislativa. O sentimento norueguês foi aumentando, um plebiscito aprovou a independência, que foi aceita pela Suécia. Em prévia consulta popular, a Coroa norueguesa foi oferecida ao príncipe Carlos, da Dinamarca, que reinou com o nome de Haakon VII.

A Noruega permaneceu neutra durante a Primeira Guerra Mundial. Duas décadas depois, na Segunda Guerra, Hitler não respeitou sua neutralidade e invadiu o país apesar da forte resistência dos noruegueses.

Depois da guerra, o Partido Trabalhista obteve a maioria nas eleições. Governou a maior parte das legislaturas, de 1945 até o final do século XX. Os sucessivos governos trabalhistas favoreceram o desenvolvimento econômico, facilitado em parte pelo petróleo e pelo gás do Mar do Norte.





                                                               Neve nas montanhas



A situação política da Europa, dominada pelo antagonismo entre o leste e o oeste, levou a Noruega a filiar-se à OTAN, em 1949. O partido trabalhista permaneceu no poder até 1963, e até 1965 em aliança com o partido socialista-popular. Haakon VII foi substituído em 1957 por seu filho Olaf V. Em 1962, a Noruega solicitou sua participação no Mercado Comum Europeu.



Em 1972, um referendo popular rejeitou a incorporação da Noruega à Comunidade Econômica Européia. Em 1994, o ingresso na CEE voltou a ser submetido a referendo, a consulta redundou em resposta negativa da população. A riqueza gerada pelos poços petrolíferos do Mar da Noruega e do Mar do Norte permite que se mantenha distante da União Européia.









TROLLS

Segundo a lenda, nas montanhas viviam os Trolls. Alguns eram enormes com árvores e plantas rupestres crescendo dos narizes e cabeça, mas outros eram pequenos. Haviam Trolls de duas e três cabeças com um olho no meio da testa. Todos ficavam muito velhos. Apenas à noite era possível observá-los, pois não suportavam a luz. Se não voltassem à montanha antes do nascer do Sol, transformavam-se em pedra. Os Trolls apresentavam algumas semelhanças com os Humanos, mas tinham quatro dedos em cada mão e pés. Em todos o nariz era muito grande. Possuíam dotes sobrenaturais, inclusive o da metamorfose. Os Trolls podiam transformar-se em raparigas deslumbrantes. Os Trolls possuíam a cólera, era importante manter as  boas relações, evitando os desafios, pois poderia trazer graves consequências para o camponês ou qualquer um envolvido.